quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Pinah da Beija-Flor e ainda conselheira da Escola acha que a festa perdeu sua essência.....




Maria da Penha Ferreira Ayoub a CINDERELA NEGRA, mora em São Paulo e tem uma loja maravilhosa há mais de 30 anos, ponto de encontro de vários amigos e carnavalescos para seus desfiles no Carnaval e shows. É a empresária que passa boa parte de seu tempo com sua empresa PALÁCIO DAS PLUMAS, que fornece aviamentos para fantasias. Ao lado do marido, o empresário libanês Elias Ayoub.

Na entrevista: “Eu já nasci no Carnaval, nunca parei, só deixei de ter destaque na escola. Acompanho as decisões do comitê de longe e muitas vezes por meio de vídeos na página do Facebook da escola-, mas pouco opino. Só vou para o Rio para me divertir e defender a Escola. Eu trato o Carnaval com toda seriedade. Acho que hoje eles fazem Carnaval só pra turista ver. É um negócio diferente. Digo que existe o Carnaval pré e pós Joãozinho Trinta. Antes era muito mais gostoso, tinha uma emoção diferente. Hoje, você vai ao desfile para ver e ser visto.”

Meu momento favorito da folia não é na Sapucaí. É quando a Beija-Flor desfila 15 dias depois do Carnaval em Nilópolis, cidade em que foi fundada. Lá não tem o status da Sapucaí, são só as senhorinhas que acompanham a Beija-Flor desde o começo. Há um espírito de comunidade muito bom.”

O povão pensa que Carnaval é um monte de maluco pulando sem eira sem beira. Não é. Carnaval é coisa muito seria, tem começo, meio e fim. O lema da Beija-Flor deste ano, ‘Monstro é aquele que não sabe amar’, fala muito disso. Agora não tenho mais camarote. No nosso país não tá dando mais pra ter esses exageros. Este ano fiquei no camarote da prefeitura, onde até água é preciso pagar”.

Minha vida mudou em 1978 quando dancei e impressionei o príncipe Charles. No momento exato do acontecimento eu achei que o príncipe era na verdade o chefe de segurança dele, porque a burocracia foi tão grande em torno da vinda dele, que nunca imaginava que aquilo pudesse acontecer. Só fui dar conta do ocorrido no dia seguinte, quando a imprensa estava plantada na porta de minha casa.”

Não tenho nenhum acervo de fantasias. A última que eu tinha guardada como relíquia, emprestei pra uma escola de samba e roubaram a minha roupa. Entre as poucas coisas que guardo está o adereço de cabeça que usei quando dancei com o príncipe. Pensei em doar, mas por insistência da minha filha, Claudia, acabei guardando…”.


Morei apenas seis meses em Paris. Uma coisa é você ser gari no seu país, outra coisa é ser imigrante lá”, comparou.



Minha filha Claudia carrega meu legado e, atualmente destaque da Beija-Flor. Acho que ela conquistou o espaço dela. Começou desfilando no chão e depois virou destaque. Na Beija-Flor, todas são da comunidade.


Salve sempre PINAH!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário