segunda-feira, 23 de outubro de 2017

O psicanalista Marco Antonio Coutinho Jorge, dando série de palestras na Maison de l’Argentine em Paris.



A palestra “LA TRANSEXUALITÉ À L’ÉRE DE LA SCIENCE ET DE LA MONDIALISATION” (“A transexualidade na era da ciência e da globalização”), é dedicado ao público leigo, transmitindo pontos essenciais a partir da perspectiva psicanalítica. “O tema tem sido abordado de forma muito superficial pela cultura, sem levar em conta as dimensões da fantasia inconsciente e da identificação. É salutar falar sobre sexualidade com abertura e sem preconceito, de modo a oferecer às pessoas condições de compreensão dos aspectos da sexualidade (homossexualidade, bissexualidade, transexualidade) que estão na origem de reações extremamente violentas na nossa cultura. Mas isso é apenas o início de uma longa conversa, e, para isso, a psicanálise precisa ser introduzida”, alerta.

Ele é professor do Programa de Pós-graduação em Psicanálise da UERJ, diretor do Corpo Freudiano do Rio, membro da Sociedade Internacional de História da Psiquiatria e da Psicanálise e finaliza livro com Natália Travassos, sobre transexualidade.

Os trans precisam entender que não existe complementaridade entre os sexos biológicos; a apologia da heteronormatividade é efeito da neurose e do recalque. Assim como Freud assinou manifestos a favor da descriminalização da homossexualidade e da liberação feminina, Lacan afirmou que ‘ninguém autoriza a sexualidade de ninguém'”, diz.


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