sexta-feira, 26 de maio de 2017

Jornalista Baby Garroux: Brasil no cinema de Cannes...


O filme brasileiro de Fellipe Barbosa 'Gabriel e a Montanha' ganhou nesta quinta-feira dois prêmios na Semana da Crítica de Cannes: Revelação e da Fundação Gan. 

A produção brasileira, conta a história real do jovem Gabriel Buchmann economista de 28 anos, que decidiu dar a volta ao mundo antes de retomar seus estudos em uma famosa universidade americana. Quando estava quase terminando seu percurso, em 17 de julho de 2009, o jovem desapareceu na África. Levou também o prêmio da Fundação Gan, uma ajuda financeira para sua distribuição na França. As autoridades demoraram 20 dias para encontrar o seu corpo no monte Mulanje, ao sul do Malauí, onde o jovem morreu de hipotermia.



O cineasta reconstruiu os últimos 70 dias de vida de seu amigo, desde que chegou ao Quênia até seu trágico fim no Malauí, passando por Uganda e Tanzânia. Esta viagem iria servir para Buchmann estudar a pobreza no continente africano. Ao receber o prêmio, Barbosa, um amigo de infância de Buchmann, agradeceu "a toda a equipe por ter me acompanhado nesta viagem louca". "Chegamos até o topo [...] Não sei como conseguimos", acrescentou. O diretor agradeceu à namorada de Buchmann por sua "confiança e sua generosidade" ao ajudar na preparação do filme.

João Pedro Zappa, o ator que interpreta o personagem principal, disse no palco: "é um sonho, estou sem palavras". Para isso, tentou "seguir os seus passos", contou à AFP nesta semana..... 

"Usei muito as suas fotos, que estavam [na câmera] perto do seu corpo, seu diário de viagem e os e-mails" que enviou para amigos e familiares. Sobre o filme, o diretor brasileiro Kleber Mendonça, presidente do júri, disse à AFP horas antes que se tratava de uma produção incomum, já que na "história recente do Brasil não se tem feito filmes de brasileiros no exterior".


O Prêmio principal da mostra paralela ficou com o documentário francês 'Makala' de Emmanuel Gras. É a história de um trabalhador congolês que percorre quilômetros carregando carvão para vender na cidade. Quase sem diálogos e narração, é uma ode ao trabalho e ao esforço. "Há beleza no esforço", afirmou o diretor.

A Semana da Crítica é uma seção paralela e independente do Festival de Cannes que premia novos talentos.

Uma das maiores surpresas do Festival de Cannes foi a atuação de Robert Pattinson em “Good Time”, drama dos irmãos nova-iorquinos  Ben e Josh Salfdie. O astro interpreta um ladrão de banco e a atuação está sendo considerada a melhor da carreira dele, e tem apostas de seu nome para o prêmio de Melhor Ator neste ano.

Pattinson, o bonitinho, depois do vampirinho, só aceita papeis mais complexos em produções independentes, que pagam cachês bem menores mas rendem fama e respeito.

O thriller criminal dos irmãos Josh e Bennie Safdie agitou a competição pela Palma de Ouro de 2017. Robert Pattinson como o larápio Connie para que dribla a polícia e arruma US$ 10 mil para salvar seu irmão, gravemente ferido da cadeia. Ele detonou. Os Safdie são os mais jovens diretores na disputa este ano: Josh tem 33 e Benny, 31. 
  


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