O
filme brasileiro de Fellipe Barbosa 'Gabriel e a Montanha' ganhou nesta
quinta-feira dois prêmios na Semana da Crítica de Cannes: Revelação e da
Fundação Gan.
A
produção brasileira, conta a história real do jovem Gabriel Buchmann economista
de 28 anos, que decidiu dar a volta ao mundo antes de retomar seus estudos em
uma famosa universidade americana. Quando estava quase terminando seu percurso,
em 17 de julho de 2009, o jovem desapareceu na África. Levou também o prêmio da
Fundação Gan, uma ajuda financeira para sua distribuição na França. As autoridades
demoraram 20 dias para encontrar o seu corpo no monte Mulanje, ao sul do
Malauí, onde o jovem morreu de hipotermia.
O
cineasta reconstruiu os últimos 70 dias de vida de seu amigo, desde que chegou
ao Quênia até seu trágico fim no Malauí, passando por Uganda e Tanzânia. Esta
viagem iria servir para Buchmann estudar a pobreza no continente africano. Ao
receber o prêmio, Barbosa, um amigo de infância de Buchmann, agradeceu "a
toda a equipe por ter me acompanhado nesta viagem louca". "Chegamos
até o topo [...] Não sei como conseguimos", acrescentou. O diretor
agradeceu à namorada de Buchmann por sua "confiança e sua
generosidade" ao ajudar na preparação do filme.
João
Pedro Zappa, o ator que interpreta o personagem principal, disse no palco:
"é um sonho, estou sem palavras". Para isso, tentou "seguir os
seus passos", contou à AFP nesta semana.....
"Usei muito as suas
fotos, que estavam [na câmera] perto do seu corpo, seu diário de viagem e os
e-mails" que enviou para amigos e familiares. Sobre o filme, o diretor brasileiro
Kleber Mendonça, presidente do júri, disse à AFP horas antes que se tratava de
uma produção incomum, já que na "história recente do Brasil não se tem
feito filmes de brasileiros no exterior".
O
Prêmio principal da mostra paralela ficou com o documentário francês 'Makala' de
Emmanuel Gras. É a história de um trabalhador congolês que percorre quilômetros
carregando carvão para vender na cidade. Quase sem diálogos e narração, é uma
ode ao trabalho e ao esforço. "Há beleza no esforço", afirmou o
diretor.
A
Semana da Crítica é uma seção paralela e independente do Festival de Cannes que
premia novos talentos.
Uma
das maiores surpresas do Festival de Cannes foi a atuação de Robert Pattinson
em “Good Time”, drama dos irmãos nova-iorquinos Ben e Josh Salfdie. O
astro interpreta um ladrão de banco e a atuação está sendo considerada a melhor
da carreira dele, e tem apostas de seu nome para o prêmio de Melhor Ator neste
ano.
Pattinson,
o bonitinho, depois do vampirinho, só aceita papeis mais complexos em produções
independentes, que pagam cachês bem menores mas rendem fama e respeito.
O thriller criminal
dos irmãos Josh e Bennie Safdie agitou a competição pela Palma
de Ouro de 2017. Robert Pattinson como o larápio Connie para que
dribla a polícia e arruma US$ 10 mil para salvar seu irmão, gravemente ferido
da cadeia. Ele detonou. Os Safdie são os mais jovens diretores na disputa este
ano: Josh tem 33 e Benny, 31.
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