Estou pensando seriamente em escrever
meu próximo livro contando passagens do amigo e como sempre digo meu
prefaciador Ignácio de Loyola Brandão....
Já disse pelo telefone – nossos papos são
intermináveis – que se ele não usar a frase do primo irmão dele, o Zezé Brandão
lá de Araraquara, mais irmão do que primo, confidente, eu vou roubar. Ele já me
proibiu.
Pessoas como o Zezé são raras. Escreve
como poucos sobre colecionar lembranças, gente querida que passou por nossas
vidas...
O Lô é assim, cada palavra – ele sempre
me chama de inquieta – me leva aos tempos bons da Última Hora de Bauru, depois
São Paulo, tempos que foram vividos ou na nostalgia, ou na melancolia, em tudo.
Não vou permitir que se transformem
apenas num álbum e desapareça. Vou manter tudo isso vivo e se ele não escrever
as passagens maravilhosas que vivemos pelos idos 70/80, vai ter surpresa...
Como diz o Zezé “Nos quadradinhos
vazios, colamos as ausências.”
Depois de dois anos viajando pelo
Brasil, o espetáculo SOLIDÃO NO FUNDO DA AGULHA chega a São Paulo para uma
temporada no Teatro Eva Herz. O escritor
Ignácio de Loyola Brandão vai aos palcos para contar histórias marcantes da sua
vida. Momentos remetidos à canções interpretadas pela cantora Rita Gullo.
No repertório estão músicas como Amado mio (Doris Fisher/ Allan Roberts) da trilha sonora do filme Gilda, que era proibido para crianças e que estimulou a criatividade do menino Ignácio, então com 12 anos de idade e que se fez presente muito anos mais tarde para ajudar o jovem jornalista a não voltar para a terra natal fracassado. Temas marcantes como Valsinha (Chico Buarque e Vinicius de Moraes), Que reste-t-il de nos amours? (Charles Trenet) e muitos outros ganham novo contexto ao vivo e permeados por lembranças.
Um espetáculo de uma delicadeza emocionante que mistura música e literatura. Uma viagem pelas memórias de um escritor com muita história para contar.
Lá vou eu chorar novamente com alegria....
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