domingo, 30 de outubro de 2016

Jornalista Baby Garroux: dois amigos queridos. Irene Ravache e Edison Pae de Melo juntos em Lisboa.




Irene aos 72 anos está em Portugal com a peça ‘Meu Deus!’. Depois de Lisboa seguiu para Famalicão e Póvoa de Varzim. Sempre jovial e alegre, não deixa o sucesso subir à cabeça. Nada de vedetismo como dizem os portugueses, e para a Caras PT falou dos seus afetos e do envelhecimento, sem medo de se expor ou de parecer ‘politicamente incorreta’.

Edison mais uma vez testemunha o sucesso da querida: “É muito bom regressar a Portugal. Em Portugal sinto-me confortável. Além disso, gosto muito da comida e dos vinhos portugueses. Aqui como um peixe delicioso e verduras que não provo em nenhum lugar. São pequenos e grandes prazeres que não temos no nosso dia-a-dia.”

Na peça  interpreta uma psicóloga que é procurada por Deus, que está deprimido: “Quando comecei a ler este texto fiquei muito curiosa por saber onde é que esse encontro iria dar. A autora conseguiu conjugar de forma inteligente e leve assuntos que nos levam a refletir. Independentemente de termos ou não uma religião, há um momento em que o ser humano se questiona se há alguma força a tomar conta disto tudo.”




A matéria-prima do meu trabalho sou eu. Por isso, há sempre um confronto entre a pessoa que sou e a personagem. O que aprendi concretamente com esta peça é que todos temos um véu que esconde algo. Contudo, quando temos a oportunidade de nos entregarmos, parece que nos sai um fardo das costas. Muitas vezes temos de escamotear a nossa dor, a nossa mágoa... Hoje somos muito politicamente corretos. E há momentos em que precisamos de extravasar o que está aqui dentro. E ver este deus pedir ajuda permite perceber como os poderosos também são frágeis.”

Irene e Edison estão juntos há mais de 40 anos.



Nos ama­mos muito, discutimos, temos uma educação parecida e valores semelhantes. O meu marido é um homem muito educado e isso já é meio caminho andado. É bom conviver com pessoas assim. Também somos os melhores amigos um do outro. Há pessoas que nos perguntam se aos 72 anos ainda há uma vida sexual. E eu digo: “Se fosse como quando nos conhecemos, já estava a levar soro e à beira da morte! Nem sei o que seria!”.... ” Há um tempo para tudo.”


Adoro ser avó! Me preparei para ser aquela avó. É bom estarmos só os dois. O meu marido adora.”


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