A estrela mirim de 'Matilda' do sucesso
a depressão com a ditadura da beleza em Hollywood...
Na biografia "Where am I
now?", conta que interpretar ‘meninas fofinhas’ fez sua vida 'miserável'. A jovem ficou
conhecida por papéis como filha de Robin Williams em "Uma babá quase
perfeita" (1993) ou como a protagonista de "Matilda" (1996).
Hoje, Mara Wilson, tem 29 anos, lançou
sua biografia contando como sua vida ficou triste por jamais ser bonita como
Scarlett Johansson ou Kristen Stewart.
"Durante uma época, eu era paga
para ser fofinha, mas depois fui contagiada pela maldição de ser uma atriz mirim"......
"Após uma seleção em que o diretor me disse que eu era perfeita para o
papel da amiga gorda, a qual era alvo de piadas em todas as páginas do roteiro,
me caiu a ficha. Aos 13 anos, ser bonita era o que importava. E não apenas no
mundo do cinema e da televisão."
"Lá estava Scarlett [nas páginas
de uma revista], linda, falando sobre seu novo filme com Bill Murray. Ela definitivamente
era uma mulher, estava toda sexy. Como ela conseguiu? Senti um soco no
estômago. Ela era só dois ou três anos mais velha do que eu. E sabia que nada
que eu fizesse me faria ter nem metade da beleza dela. Mesmo depois que eu
tirasse o aparelho, mesmo se eu colocasse lentes e melhorasse meu corte de
cabelo. (...) Mesmo assim eu jamais seria boa o suficiente para
Hollywood."
Mara saiu da fama aos 6 anos de idade
até passar pela morte da mãe por um câncer fulminante. Que antes questionava o
porquê de diretores insistirem em colocar um lacinho da cabeça dela, mesmo na
hora de dormir. A resposta era sempre a mesma: "Porque ela fica tão
fofa."
Aos 12 anos sem a mãe, a diretora que
ela considerava como "uma avó postiça" teve de lhe explicar que seu
corpo estava mudando e, por isso, precisaria usar um sutiã. "A puberdade havia
chegado, e eu fui a última a saber.".... Vieram os Bullying e listas cruéis.
"Uma vez eu entrei em contato com
a autora de uma lista [online] chamada 'As ex-estrelas mirins mais feias' para
perguntar por que ela, como uma mulher, punia outras mulheres pela aparência
delas. Ela me escreveu se desculpando, dizendo que só escrevia coisas estúpidas
online para pagar as contas."
"Hoje sei que não é minha função
ser linda, ou fofinha, ou qualquer outra coisa que alguém quer que eu seja.
Então, a próxima vez que alguém escondido atrás de um apelido online decidir me
dizer o que eu devo fazer para ficar mais bonita, vou propor um encontro cara a
cara. E vou contar o que é passar pela puberdade diante dos olhos do público,
pouco depois de perder sua mãe para o câncer.
Vou dizer como me senti quando achei um
site com fotos [falsas] minhas nua aos 12 anos. Vou dizer que eu conheci os
dois lados desse 'ser fofinha', e, nos dois casos [como atriz mirim e em sites
de pornografia], isso só fez com que minha vida fosse miserável."
"Vou dizer o que realmente
significa se encaixar, ao ponto que agora eu só faço dublagem, onde ninguém
pode me ver. Vou dizer como a minha mãe queria que eu me provasse pelo meu
talento, e não pela minha aparência. Um talento que agora sei que tenho, e
agora sou mais feliz do que nunca."
"Depois disso tudo, se essa pessoa
insistir em me dizer como eu devo ser e me vestir, então vou considerar
contratá-la para ser meu estilista."
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