"Fidel entre nós", queira ou
não é a imagem da Cuba rebelde que comanda o tão procurado turismo.
Aposentado (sic) há 10 anos, Fidel é inacessível
para quem ele quer em sua casa em Havana. Muitos turistas me contam que ficam procurando
a casa que não é tão fácil encontrar. Pra fazer um pouco de self. Só não sabem
ou não querem saber o perigo que enfrentam com a brincadeira.
Ficou doente e cedeu o poder a seu
irmão Raúl, mas todos sabem que ele está à frente da ilha socialista, uma
liderança onipresente.
"Sou hostil com tudo o que possa
parecer um culto a pessoas (...) e não há uma só escola, fábrica, hospital ou
edifício que leve meu nome. Não há estátuas, nem praticamente retratos
meus", disse Castro.
Fidel continua vivíssimo para todos os
cubanos. Nas semanas que antecedem o seu aniversário a ilha, sob o poder do
Estado, estimula a campanha "Fidel entre nós", com artigos, fotos,
documentários e entrevistas relacionadas ao ex-presidente. Uma universidade da província
de Santa Clara anunciou em 17 de julho, o lançamento do aplicativo com o mesmo
lema com dados biográficos, frases e anedotas, apesar do estrito acesso à
internet na ilha.
Em Cuba existem 285 museus, e nenhum
deles é dedicado a Fidel Castro, mas sua presença está quase todos. No Museu da
Revolução, em Havana, por exemplo, um busto do líder junto a "Che" e
Camilo Cienfuegos, outro herói da revolução de 1959.
No Museu de Praia Girón, vemos armas,
uniformes e fotos da invasão da Baía dos Porcos, onde Fidel Castro derrotou
pouco mais de um milhão de exilados cubanos armados pelos EUA, que invadiram a
ilha em 1961.
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