“Será um grande sapo que todos os
envolvidos em mais de 50 anos de confronto terão que engolir. Teremos que ser
nobres e grandiosos se quisermos que isso funcione. Se continuarmos a agir como
baratas, não irá funcionar", disse Betancourt.
“O acordo de paz permitirá reforçar as
instituições democráticas na Colômbia. Mas será preciso julgar eventuais
responsáveis por crimes de guerra. Esperamos que a justiça venha num segundo
estágio. Agora é como um adiantamento, no que esperamos que seja uma garantia
para novas gerações não testemunharem e não serem submetidas à violência que
vimos na Colômbia até agora."
O cessar-fogo bilateral e definitivo
encerra a insurgência do grupo guerrilheiro de inspiração marxista, iniciada em
1964. Conflito armado de mais de 52 anos, em que mais de 260 mil pessoas
morrerem, quase sete milhões foram desalojadas e dezenas de milhares
desapareceram.
“É um bom começo, mas ainda luto para
tentar perdoar os responsáveis pelo meu sequestro. Estou tentando. A vontade
está lá. Sei que é importante perdoar, porque é o meu caminho para a liberdade.
Se não perdoar estarei acorrentada à minha sede de vingança. Acho também que
perdoar é o caminho para a Colômbia. Precisamos deixar a guerra e o ódio para
trás."
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