Fui
convidada por Mireille Dupraz - passando uns dias em meu QG no Brasil - a
conhecer a obra de Marcel doada para a 'Casa da Cultura da Freguesia'. Que
surpresa ver de perto a encantadora obra de Villemoisson, guardada em uma sala
privada até a construção de uma galeria local.
Tive
a chance de conhecer esta incrível pessoa e sua obra.
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Em 1977, minha esposa Danielle tornou-se Conselheira Municipal da nossa comuna,
Villemoisson sur Orge. Ela, amante das Artes, ocupou-se da Cultura e criou a
Primeira Feira de Inverno de Pintura e Escultura.
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Quando criança, gostava de desenhar e colocar cores. Na adolescência, fiz
algumas pinturas a óleo. A fim de fazer prazer à minha esposa que estava tão
perseverante nesta disciplina, pintei para a sua feira, alguns pequenos
pastels. Com pouca experiência, durante 7 anos, a noite, fiz cursos na Academia de Savigny
sobre Cevada sob a direção do meu Mestre Paul MARCOU que ensinou-me desenho,
aquarelle e a história da Arte.
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Sob a direção de Paul MARCOU, que pintava lindas aquarelles, única técnica que
realizava à época, fez-me participar no Grande Prêmio Internacional Deauville
na França. Para minha grande surpresa, ganhei meu primeiro diploma.
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Após esta exposição, o Comissário Geral da Feira de Outono em Paris: Mestre
Harry SEGUELA convidou-me a pintar ao seu lado, após ter-me demonstrado que a
pintura: 'ERA o ÓLEO'!
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Entretanto os meus amigos que apreciavam o meu grafismo incitaram-me a realizar
gravuras. Durante três anos acumulei as técnicas desta disciplina sob a direção
de Joëlle SIRVA, no Atelier 63, em Paris.
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Várias das minhas obras encontram-se no Museu, na Casa de campo Médicis de
Saint-Maur.
- Após as feiras como recompensa encontrava o mestre Louis VUILLERMOZ, segundo premiado de Roma, professor da Litografia dos Ateliers de Arte do Museu de Saint-Maur. Durante quatro anos realizei litografias complementos indispensáveis à minha formação de artista.
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Observado pela cidade Santo Geneviève das Madeiras e pela associação
Renaissance e Cultura tornei-me o professor voluntário de desenho e pintura
durante vários anos. Entre os meus alunos, passionnée que outros, Martine
PERRIN, explicou- me certa ocasião, que os artistas nunca faziam nada para as
crianças.
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Nessa época, minhas aquarelles, pinturas, gravuras, e litografias, eram
direcionadas para paisagens e naturezas mortas. É necessário dizer que a minha
admiração era grande por Jean Siméon CHARDIN e Paul CEZANNE.
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Uma manhã, decidimos instaurar uma composição numa pequena poltrona das bonecas
de pano que realizava. Esta tela (92x73 cm.) “A Pequena Família” encontra-se no
1ER Batalhão da Guarda do Imperador - 1823 - no Rio de Janeiro de Janeiro.
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Quando terminei, a minha tela teve uma grande divulgação, e com isso, alterou
minhas eternas “naturezas mortas”.
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Meu novo trabalho foi apresentado em uma exposição onde se encontrava o nosso
amigo Christian GRENTE, crítico de arte, poète, jornalista e na época
secretário do escritor Hervé BAZIN “Vipère au poing”. Christian GRENTE
descobriu esta tela, e imediatamente me diz: "Não altere nada, você
encontrou uma personalidade como por exemplo POULBOT com as suas crianças «
délurés » de Montmartre."
Porque
os narizes vermelhos?
- Por instinto, sem nenhuma reflexão, talvez inconscientemente para mim, a vida é uma festa ou uma farsa.
- Por instinto, sem nenhuma reflexão, talvez inconscientemente para mim, a vida é uma festa ou uma farsa.
Porque
os gatos?
- Porque Christian GRENTE o Presidente da Feira Nacional dos Felinos, onde eu participava todos os anos, necessitava ter gatos nas obras. Com isso fui duas vezes Convidado de Honra da Feira Nacional dos Felinos.
- Porque Christian GRENTE o Presidente da Feira Nacional dos Felinos, onde eu participava todos os anos, necessitava ter gatos nas obras. Com isso fui duas vezes Convidado de Honra da Feira Nacional dos Felinos.
- Entretanto, CH. GRENTE tinha criado uma Academia do Felinos, baseados no princípio “da Academia Francesa” de 27 membros nomeados, e fui um deles.
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O Presidente que aprecia particularmente o meu grafismo e a minha criatividade
confiou-me a criação do diploma que ia ser concedido à cada Académicien. Malgré, eu não queria deixar as minhas bonecas com narizes vermelhos, assim
como as flores que me permitiam participar, regularmente em outras feiras
orientadas, como as Feiras da Horticultura da França e a Sociedade Nacional
Beaux-Arts ao Carrossel do Louvre em Paris.
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No que diz respeito a minha presença no Brasil, em 2008, Diva PAVESI,
jornalista, escritora, Presidente de DIVINAS PRODUÇÕES, associação de Lei 1901
criada para promover as Artes e a Cultura entre a França e o Brasil, o Brasil e
a França, quis apresentar as minhas obras no seu país de nascimento. Fui
surpreendido por esta proposta e refleti longamente antes de dar a minha
resposta.
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A proposta era interessante. Mas porque apresentar as minhas obras, mais
particularmente os meus quadros que representam bonecas de narizes vermelhos ao
Brasil numa galeria, se recuso sempre expôr nas galerias da França?
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Após reflexão, impus uma condição. Expor minhas bonecas e minhas obras num
lugar público de modo que as crianças «déshérités » pudessem ver. Para Diva
PAVESI a proposta pareceu realizável.
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Um belo dia, retornou do Brasil com uma proposta que, imediatamente me
entusiasmou. O ano 2009 chegava com dois acontecimentos importantes: o ano da
França no Brasil e os meus 80 anos. A exposição de vinte e nove obras, 24 telas
de um formato 92 cm.x73 cm. e 5 desenhos à tinta da China, enquadrados, podiam
ser apresentados ao Museu das Forças do Exército do Forte de Copacabana, no Rio
de Janeiro de Janeiro. Mas uma sugestão influenciou-me, a possibilidade de
encontrar crianças de Comunidades para transmitir-lhes durante algumas horas
“Paz e Amor”. O que for sentido pelas crianças, permaneceria como um símbolo.
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Na frente do acolhimento dos Brasileiros, com efeito fui recebido como um Chefe
de Estado, tomei a decisão, de oferecer no Brasil as minhas 29 obras. A cargo de Diva PAVESI,
encontrar lugares públicos para apresentar à vida, as minhas obras.
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As negociações foram complexas, mas em dois anos, encontrou soluções que me
deram plenamente satisfação. Em Março de 2011, uma primeira sala permanente foi
inaugurada: Sala Marcel de VILLEMOISSON com 10 das minhas obras ao 1ER Batalhão
da Guarda do Imperador - 1823 - em Rio de Janeiro de Janeiro. Estas obras
tornaram-se Propriedade do Ministério da Defesa do Brasil. Esta sala parece ser
visitada pelas crianças das Comunidades que, regularmente são recebidas pelo
1ER Batalhão.
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Em Novembro de 2011, uma segunda sala permanente foi inaugurada: Sala Marcel de
VILLEMOISSON com 11 das minhas obras na Casa de Cultura da Freguesia do Ó em
São Paulo. Estas obras tornaram-se Propriedade da Prefeitura da cidade de São
Paulo. Esta segunda sala criada na Casa da Cultura Freguesia do Ó, encontra-se
situada em um dos bairros mais carentes da cidade de São Paulo onde numerosas
crianças são iniciadas na Arte e na Cultura.
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Com estas duas salas, meu sonho mais utópico era realizado. Permanece, ainda,
três telas e cinco desenhos à tinta da China!
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Em 2004, considerando que a minha obra era já muito importante, decidi me
colocar em outro serviço. Criei com a minha esposa, Danielle BLIN, a Academia
FRANÇA MUNDO CULTURA bem como a revista internacional “Mosaica” reservada aos
únicos assinantes da associação, onde as disciplinas das Artes, Cartas,
Ciências encontram todos os trimestre a possibilidade de exprimir-se.
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Esta revista é colocada sistematicamente à Biblioteca Nacional da França. A
nossa filosofia: Empurrado pelo vento, apagando as fronteiras, o montgolfière*,
mistura de línguas e religiões para ascender para uma Cultura Universal.
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Montgolfière símbolo que podemos reencontrar sobre todos os documentos oficiais
da FRANÇA MUNDO CULTURA. Marcel de VILLEMOISSON
Obs.
O que encontrei na Casa da Cultura foram as varias telas pintadas em linho,
guardadas em uma sala até que construam uma Galeria e elas possam estar
expostas diariamente para os muitos frequentadores do espaço.
Segundo
o Coordenador atual do Departamento de Expansão Cultural da Freguesia, Rodrigo
Carvalho (na foto comigo e Mireille), não existe condições para que as telas
fiquem expostas aos visitantes e ele também aguarda verba da Prefeitura local
para colocar moldura em cada uma delas. Se comprometeu a me avisar quando da
inauguração da Galeria num espaço ao lado para que eu possa ver nas paredes a
emocionante obra de Marcel.
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