Milhares de pessoas pediram em Lisboa, a demissão do Governo,
num protesto promovido pela Confederação-geral de Trabalhadores (CGTP-In)
contra as políticas de austeridade.
«Governo rua» é o que mais se ouve
entre os manifestantes, sendo também a frase mais visível entre as centenas de
cartazes do protesto, onde também o presidente da República, Cavaco Silva, é
criticado.
Novos e velhos, várias gerações de pessoas de diversos pontos
do país marcam presença na jornada de luta da CGTP que por volta das 15:30 foi
surpreendida com chuva, oque levou alguns dos manifestantes a desmobilizar e a
abrigarem-se junto de casas e cafés na zona de Alcântara.
Frases como: «nunca houve um tão mau como este».... «Sou
do tempo do Salazar e nunca passei aquilo que estou a passar agora».... «O que
é que eu vou comer?”.... “como é possível viver com 485 euros por mês.”....
«nas próximas eleições os portugueses deveriam votar em branco para haver um
Governo que não pertencesse a nenhum partido».... «não somos lixo, somos
gente».... «Estou aqui pelos doentes oncológicos. Há oito anos tive cancro e
agora, no IPO são cada vez mais as pessoas que não fazem os tratamentos por
falta de dinheiro»...... «todos os portugueses estão a ser afetados com
estas medidas».....
Centenas de cartazes, de bandeiras de sindicatos, de Portugal e também algumas bandeiras pretas são empenhadas pelos manifestantes, ao mesmo tempo que gritam palavras de ordem «Está na hora, está na hora do Governo ir embora», «Governo rua já» e «Passos escuta o povo está em luta».
Centenas de cartazes, de bandeiras de sindicatos, de Portugal e também algumas bandeiras pretas são empenhadas pelos manifestantes, ao mesmo tempo que gritam palavras de ordem «Está na hora, está na hora do Governo ir embora», «Governo rua já» e «Passos escuta o povo está em luta».
No discurso em Alcântara, o secretário-geral da CGTP, Arménio
Carlos, anunciou uma ação de protesto contra o Orçamento de Estado, a realizar
no dia 01 de novembro junto da Assembleia da República, em Lisboa. «No
próximo dia 01 de novembro, dia feriado que nos foi roubado e que coincide coma
primeira votação na generalidade do Orçamento de Estado, lá estaremos, de novo,
na Assembleia da República, às 10:00 horas, para rejeitar a proposta de
Orçamento, para exigir a demissão do Governo e a realização de eleições quanto
antes», disse Arménio Carlos aos manifestantes concentrados em Alcântara, em
Lisboa.
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