domingo, 28 de julho de 2013

A FRISA VAZIA!!!!


 



Papa Francisco neste sábado (27/07) esteve no Theatro Municipal lotado. Antes da entrada dos convidados, verdadeiro mar de policiais nas ruas ao redor do teatro: sensação aflitiva depois dos protestos. Ao ouvir os primeiros acordes da Orquestra do Municipal, todos desarmaram. Antes do meio-dia, entra o Papa, aplaudido de pé por alguns minutos. Falou com a mesma doçura e afeto no olhar, emocionado com a história do jovem Walmyr Júnior, ex-drogado, que contou a sua vida: “Entre a indiferença egoísta e o protesto violento, há uma opção sempre possível: o diálogo. O diálogo entre as gerações, o diálogo com o povo, a capacidade de dar e receber. Quando os líderes dos diferentes setores me pedem um conselho, a minha resposta é sempre a mesma: diálogo, diálogo, diálogo.”

Ao fim do discurso, alguns personagens foram cumprimentá-lo. Ele recebia a todos com um abraço sincero. No palco, desfilaram de índios a pais de santos. No momento indígena, um zunzunzum quando o pataxó Ubiraí (da Coroa Vermelha, em Porto Seguro, na Bahia) colocou o presente na cabeça do grande visitante, enquanto afirmava, ao contrário do que se pensa, ser um amuleto de proteção. Francisco, que desconhece as superstições locais, recebeu o amuleto de coração aberto. Antes disso, um representante do Candomblé, o babalorixá Ivani dos Santos, vestido a rigor, beijou as mãos do Pontífice, segundo ele, pela primeira vez na história. O pontífice foi abraçado por diversas crianças que estavam sentadas no palco.

Na plateia, do cirurgião plástico Ivo Pitanguy ao ex-ministro Marcílio Marques Moreira, uma frisa, bem próxima ao palco, completamente vazia. O privilegiado espaço sem uso, da “Presidência da Alerj, a outra, do Governo do Estado. “Era para políticos, ora”. Mesmo com senhoras em cadeiras de rodas, velhinhos com bengalas, sentados distante ou lá no alto, aquele espaço ocioso era constrangedor!

Tudo ficava pequeno diante da energia mostrada por cada gesto, cada sorriso e cada bênção de Francisco!

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