sexta-feira, 15 de março de 2013

NÃO PENSEM NA ANTIGA ANNA KARENINA....





Na nova versão de Anna Karenina que estreia nesta sexta-feira, 15. No início, vai se deparar com atuações que parecem teatro amador. 
Todos os atores exageram seus papéis: Matthew Macfadyen, Aaron Johnson e Keira Knightley. Personagens de um clássico em nova adaptação que se passa toda dentro de um teatro – em estúdio. 
A ideia saiu da mente do londrino Joe Write. Reinvenção da obra publicada em 1877, continuam presentes os elementos que a tornaram um clássico da literatura russa à prova do tempo, por diversas gerações: o desespero e o tormento da socialite e sua infidelidade em uma sociedade de tolerância zero.
A Anna Karenina transporta o livro de Leon Tolstoi para dentro de um teatro, construído em um dos estúdios Shepperton, na Inglaterra. 
O teatro do filme é como se fosse uma companhia de atores. “Depois que o roteiro de Tom Stoppard (de ‘Shakespeare Apaixonado’) ficou pronto, comecei a sondar casarões na Inglaterra para tentar simular a Rússia daquela época. Também fui ao país visitar palácios, mas comecei a ficar deprimido. Sentia que estava fazendo algo que muitos já tinham realizado”, conta.

Pouco do filme tem origem na Rússia: os figurinos foram reinventados, o sotaque é britânico e quase nada foi filmado por lá, com exceção de quatro dias de cenas externas. Curiosamente, a maioria dos figurantes é russa. “Coloquei anúncios em vários jornais russos de Londres para achar figurantes”, ressalta ele, informando ainda que 15 mil pessoas apareceram.
O filme é a terceira colaboração entre Wright e Keira Knightley, pela qual ele se derrete em elogios. “Ela é brilhante, corajosa, nobre”, confessa, dando a ideia de que continuarão trabalhando juntos, como a dupla Tim Burton e Johnny Depp.
Quem, afinal, seria o herói deste filme? “Levin. Ele é o autorretrato de Tolstoi. Eu me identifico com ele”, comenta revelando que tem similaridades com o autor russo. “Ele não ligava para a sociedade e procurava uma maneira mais autêntica de viver. Mas conseguiu ser aceito e, para mim, aceitação é a felicidade”, conclui o diretor Joe Wright.

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