Na nova versão de Anna
Karenina que estreia nesta sexta-feira, 15. No início, vai se deparar com
atuações que parecem teatro amador.
Todos os atores exageram seus papéis: Matthew
Macfadyen, Aaron Johnson e Keira Knightley. Personagens de um clássico em nova
adaptação que se passa toda dentro de um teatro – em estúdio.
A Anna Karenina transporta
o livro de Leon Tolstoi para dentro de um teatro, construído em um dos estúdios
Shepperton, na Inglaterra.
O teatro do filme é como se fosse uma companhia de
atores. “Depois que o roteiro de Tom Stoppard (de ‘Shakespeare Apaixonado’)
ficou pronto, comecei a sondar casarões na Inglaterra para tentar simular a
Rússia daquela época. Também fui ao país visitar palácios, mas comecei a ficar
deprimido. Sentia que estava fazendo algo que muitos já tinham realizado”,
conta.
Pouco do filme tem origem
na Rússia: os figurinos foram reinventados, o sotaque é britânico e quase nada
foi filmado por lá, com exceção de quatro dias de cenas externas. Curiosamente,
a maioria dos figurantes é russa. “Coloquei anúncios em vários jornais russos
de Londres para achar figurantes”, ressalta ele, informando ainda que 15 mil
pessoas apareceram.
O filme é a terceira
colaboração entre Wright e Keira Knightley, pela qual ele se derrete em
elogios. “Ela é brilhante, corajosa, nobre”, confessa, dando a ideia de que continuarão
trabalhando juntos, como a dupla Tim Burton e Johnny Depp.
Quem, afinal, seria o herói
deste filme? “Levin. Ele é o autorretrato de Tolstoi. Eu me identifico com
ele”, comenta revelando que tem similaridades com o autor russo. “Ele não
ligava para a sociedade e procurava uma maneira mais autêntica de viver. Mas
conseguiu ser aceito e, para mim, aceitação é a felicidade”, conclui o diretor
Joe Wright.
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