O mundo para em volta de Roma e Vaticano. Os 115 cardeais eleitores
entram esta terça-feira na capela Sistina, no Vaticano, para escolher o Papa
sucessor de Bento XVI, que renunciou a 28 de fevereiro.
A missa intitulada «Pro
eligendo Pontifice», dá início ao conclave. Aconteceu na Basílica de São Pedro presidida
pelo cardeal decano, Angelo Sodano.
O conclave é uma reunião secreta dos
cardeais de todo o mundo encarregados de eleger o Papa. O limite de idade para
os eleitores foi fixado em 80 anos, em 1970, por Paulo VI. O grupo de 115
cardeais eleitores está assim distribuído geograficamente: Europa - 60, América
Latina - 19, América do Norte - 14, África - 11, Ásia - 10 e um da Oceânia.
Angelo Sodano, fez nesta
terça-feira (12) um pedido pela unidade da Igreja Católica. O apelo marcou a
homilia encerrada há poucos instantes na Basílica de São Pedro, lotada de
fiéis, e retransmitida por quatro telões instalados na Praça de São Pedro.
"Cada um de nós deve colaborar para a unidade da Igreja", disse
Sodano em sua homilia.
O conclave começa com a Igreja dividida e sem um franco
favorito.
Após a cerimônia, os cardeais irão à residência de Santa Marta, onde
estão hospedados desde às 6h (2h em Brasília) de hoje e ficarão até a escolha
do novo papa. Ficarão isolados, sem acesso a telefone, jornais e televisão. Os
90 funcionários do Vaticano que prestarão serviços de apoio, como médicos e
cozinheiros, já fizeram juramento de sigilo.
O processo termina quando
um dos concorrentes forma maioria de dois terços, ultrapassando 77 votos.
A escolha está marcada
pelos escândalos de corrupção descobertos no caso Vatileaks, das acusações de
pedofilia e de assédio sexual envolvendo integrantes da Igreja Católica. O novo
pontífice deverá lidar com as denúncias e buscar punições aos considerados
culpados.
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