domingo, 24 de fevereiro de 2013

ABRIRAM O CAIXÃO: e agora??????





Medalhas, botões e fragmentos de vestes recolhidos dos caixões de Dom Pedro I, Dona Leopoldina e Dona Amélia, que agora fazem parte do acervo do Departamento de Patrimônio Histórico da capital, devem ser expostos ao público em breve. 
Vão expor as peças em vitrines blindadas dentro do próprio Monumento à Independência no Ipiranga. Material recolhido no ano passado, quando os restos mortais dos três personagens foram exumados para estudo, por iniciativa da historiadora e arqueóloga Valdirene do Carmo Ambiel. 
Encontraram medalhas e insígnias de ordens de Portugal, joias de baixa qualidade e cartões de visita deixados por gente que acompanhou os traslados até o Ipiranga. A roupa militar com que Dom Pedro I foi enterrado - túnica provavelmente marrom e calça branca - tinha, ao todo, 54 botões, a maioria de metal, com brasão da coroa portuguesa em alto relevo. 
As botas, se decompuseram por causa da umidade: restaram dois saltos de couro e duas esporas de metal. Havia botões feitos de osso, em cuecas. Não havia nenhuma comenda de ordens brasileiras entre as insígnias. "Esperava pelo menos a Ordem da Rosa, criada pelo próprio Dom Pedro I aqui no Brasil, para homenagear Dona Amélia. Foi uma pequena decepção", diz Valdirene.
Entre as comendas: Tosão de Ouro, ordem de cavalaria fundada no século 15 e concedida só a soberanos e seus filhos; duas comendas da Ordem da Torre e da Espada - em uma delas, consta a reprodução da constituição portuguesa, uma reformulação proposta pelo próprio imperador em referência a mudanças que fez na Carta Magna de Portugal em 1832 e que foi concedida a ele pouco antes de morrer; uma comenda criada pela avó de Dom Pedro, chamada Banda das Três Ordens, e duas reproduções da coroa de Portugal, como parte dos galões de ombro do imperador.
Todo o material era feito de metal não nobre - ou latão, ou cobre -, exceto o par de abotoaduras de punho, forjada em ouro. Dentro do caixão do imperador foram colocados 24 cartões de visita, de militares, dentistas, diplomatas, brasileiros e portugueses. "Foram colocados no traslado dos restos do imperador ao Brasil, em 1972. É gente que gostaria de ser 'lembrada', mas não vamos divulgar os nomes", diz a pesquisadora.
Cerca de 800 horas de imagens foram produzidas pelo cinegrafista Valter Muniz, em fase de captação de patrocínios.




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