domingo, 20 de janeiro de 2013

ESCOLAS DE SAMBA DEPENDEM DOS PATROCINADORES





Ou não saem na Avenida... 
Escolas deixaram de lado homenagens, para desfilar enredos inusitados que atraem patrocinadores. 
Os novos desfiles chegam com temas sobre raça de cavalo, histórias da Alemanha e Coreia do Sul, produtos agrícolas, novelas e assim vai. 
Dez das 12 escolas do Grupo Especial do Rio buscaram parcerias e financiamento para os desfiles. Os valores do patrocínio ficam entre R$ 3 milhões e R$ 7 milhões. Homenagens aos sambistas João Nogueira e Beth Carvalho, incorporados pelas paulistanas Águias de Ouro e Acadêmicos do Tatuapé. O centenário de Jamelão, ícone da Mangueira, utilizado por escolas de acesso. Não existe samba épico para contar uma história. O que se tem é um slogan colocado no samba para vender a marca.....
Pelo regulamento da Liesa que organiza os desfiles, as agremiações são proibidas de expor marcas de patrocinadores nos desfiles. Fazem referências veladas às marcas. O Salgueiro fez um malabarismo criativo para apresentar os 20 anos da revista Caras na Sapucaí. A escola incluiu no refrão do samba os versos "Tá na capa da revista, (...)/ E na cara dessa gente". O patrocinador poderia apoiar a escola como instituição cultural e preservar o desfile, mas nunca virar enredo. O samba se enfraquece, perde a sua verdade, suas matrizes e sua força cultural.
E as lindas mulatas????? Não tem como bancar as fantasias que ficam nas brancas turistas que mal sabem rebolar....
O que me oferecem para participar, não é fácil e quando eu vejo algumas que aceitaram o convite, dá dó...
O alto custo do desfile, efeitos e alegorias, as principais causas do encarecimento. A procura pelo apoio financeiro das empresas se intensificou à medida que as doações de bicheiros diminuíram. As escolas não conseguem sustentar um desfile monumental.... 
A manutenção da escola e folha de pagamento de carnavalescos, chegam a receber R$ 45 mil mensais.

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