Quentin Tarantino ama os
antigos faroestes italianos, os "western spaghetti". Seu primeiro
faroeste, estreia em janeiro no Brasil. "Eu queria fazer um faroeste e
lidar com a questão da escravidão, mas não tinha nenhuma história pronta",
conta.
A ideia tomou forma há dois anos, quando veio à sua mente a cena na qual
Django (Jamie Foxx), um escravo, encontra seu libertador, um dentista alemão
(Christoph Waltz), dois anos antes da Guerra Civil americana (1861-1865). "Depois
disso, comecei a escrever de forma muito rápida. Eu até precisei parar por
alguns meses para deixar o texto de molho e olhar um pouco depois sob outra
perspectiva", diz.
Will Smith se interessou pelo projeto e pelo papel do
escravo que se torna um caçador de recompensas, enquanto parte em busca de sua
mulher (Kerry Washington) ao lado do dentista pistoleiro. "Eu implorei
para ele me esperar oito meses, mas não deu. O roteiro é genial", admite o
ator. "Eu não podia esperar. O período de festas no fim do ano é o melhor
momento para lançar o filme", explica Tarantino.
Mudança do vilão do
longa. "Vilão". "Tinha em mente um ator mais velho, mas
encontrei Leonardo DiCaprio, que me deu boas ideias para o personagem",
confessa o diretor.
"Calvin é o herdeiro
de uma longa linhagem de fazendeiros do sul. Quem tem esse monte de terras é
quase um imperador. O problema é que ele está entediado. Por isso, se interessa
por lutas entre escravos", explica o ganhador do Oscar de roteiro por
"Pulp Fiction" (1994). Perseguição, cheia de tiros, "Django
Livre" se torna mais um produto "tarantinesco" clássico.
"Meu filme é um faroeste moderno e sangrento", resume Quentin
Tarantino.
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