sábado, 30 de junho de 2012

UM NÚMERO NO SESC BELENZINHO




Peça escrita pela inglesa Caryl Churchill e dirigida por Pedro Neschling. Espetáculo protagonizado pelo ator Pedro Paulo Rangel narra a trama de um homem que descobre que existem vários clones dele e que ele próprio, na verdade, é um clone de um filho original de seu pai, que ele nunca imaginou existir. 
A dramaturga, considerada na Inglaterra um dos mais importantes nomes da dramaturgia britânica do século, discute de forma brilhante questões referentes a quem somos nós. 
A ação começa com Salter conversando com seu filho Bernard (Pedro Osório), que não sabe como é possível a existência desses clones e, pela forma com que os médicos o confrontaram, pensa que seja possível não ser o original. 
Mas como isso seria viável se ele sempre soube ser filho natural de sua mãe com seu pai? 
Ou não teria sido assim? 
Bernard interroga Salter e acaba descobrindo que, de fato, ele foi gerado através de uma clonagem de seu filho natural, que morreu em um acidente. Os tais “outros” foram roubados pela equipe médica e, por isso, precisam processá-los por tamanho crime. Descobre-se que o filho natural de Salter não morreu. Bernard, o original, está reencontrando o pai três décadas após ter sido abandonado. Ele não sabia dos clones feitos a partir dele e, muito menos, que Salter criou um como seu filho. Um novo “ele”. O rancor desta relação vem à tona enquanto esses homens tentam explicar e entender o que aconteceu.

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