Peça escrita pela inglesa Caryl
Churchill e dirigida por Pedro Neschling. Espetáculo protagonizado pelo
ator Pedro Paulo Rangel narra a trama de um homem que descobre que existem
vários clones dele e que ele próprio, na verdade, é um clone de um filho
original de seu pai, que ele nunca imaginou existir.
A dramaturga, considerada
na Inglaterra um dos mais importantes nomes da dramaturgia britânica
do século, discute de forma brilhante questões referentes a quem somos nós.
A
ação começa com Salter conversando com seu filho Bernard (Pedro
Osório), que não sabe como é possível a existência desses clones e, pela forma
com que os médicos o confrontaram, pensa que seja possível não ser o original.
Mas
como isso seria viável se ele sempre soube ser filho natural de sua mãe com seu
pai?
Ou não teria sido assim?
Bernard interroga Salter e acaba descobrindo que,
de fato, ele foi gerado através de uma clonagem de seu filho natural, que
morreu em um acidente. Os tais “outros” foram roubados pela equipe médica e,
por isso, precisam processá-los por tamanho crime. Descobre-se que o filho
natural de Salter não morreu. Bernard, o original, está reencontrando o pai
três décadas após ter sido abandonado. Ele não sabia dos clones feitos a partir
dele e, muito menos, que Salter criou um como seu filho. Um novo “ele”. O
rancor desta relação vem à tona enquanto esses homens tentam explicar e
entender o que aconteceu.
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