Pela iniciativa conjunta da Embaixada da Suíça no Brasil e do Consulado Geral da Suíça em São Paulo, o projeto Suíços do Brasil – apresentado no website deles – tem o intuito de revelar a história da presença suíça em terras brasileiras e, por meio do material histórico e biográfico que se verá a seguir, resgatar os laços das relações suíço-brasileiras ao longo dos anos, trazendo para o presente novas fontes de pesquisa para estudiosos e interessados no assunto. O Projeto Suíços do Brasil teve início em 2007 e gerou várias ações por parte dos organizadores.
O Consulado geral da Suíça em São Paulo realizou uma pesquisa em acervos históricos, reuniu documentação sobre a imigração suíça no Brasil, e essa pesquisa deu origem ao núcleo da exposição Suíços do Brasil, inaugurada em agosto de 2009. Exposição que aborda o passado e o presente dos imigrantes e seus descendentes, apresenta um panorama histórico da imigração e biografias de suíços que se destacaram na sociedade brasileira.
Realizaram filme documentáior, com depoimentos de lguns e suíços que vivem no Brasil. Relatam histórias tanto afetivas como profissionais dos suíços em território brasileiro. Tema da imigração que é amplo como as relações suíço-brasileiras que não se esgotaram ao longo do tempo. O diálogo entre os dois países vem se renovando e os muitos interesses comuns apontam para a continuidade desse projeto.
Cada imigrante suíço que desembarcou no Brasil trouxe na bagagem um pouco de seu país. A motivação da viagem varia conforme a época e a história individual: fuga da pobreza, motivos religiosos e ideológicos, busca de liberdade, gosto pela aventura, projetos pessoais ou profissionais, curiosidade científica, globalização da economia.
Os suíços estiveram presentes desde os primeiros momentos da conquista do território brasileiro: em 1557 chegaram à baía de Guanabara 14 missionários calvinistas, vindos do cantão de Genebra em busca de uma terra livre de perseguições religiosas. Durante anos, a vinda dos suíços seguiu marcada pela fé, pela conquista do território e pela transitoriedade. Até o século 19, os que se aventuravam pelo Brasil eram padres jesuítas, soldados mercenários e desbravadores, que não planejavam ficar por muito tempo. Os registros mostram chegadas esparsas, de norte a sul do país.A propaganda dirigida aos suíços que desejavam emigrar, e que idealizava o Brasil como terra prometida, tinha a seu favor uma explosão demográfica na Suíça aliada a um momento de profunda crise econômica. Entre 1845 e 1846, a “doença da batata” (Kartoffelkrankheit) alastrou-se pelas plantações e comprometeu metade das colheitas daquele que era o principal alimento da época.
Essa coincidência de fatores incentivou a vinda de novos grupos a partir de 1850. Os suíços foram nessa época para as fazendas de café do Oeste Paulista, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia. Em Indaiatuba (SP), o núcleo histórico de uma colônia de suíços fundada em 1888 mantém vivas as tradições suíças. Os descendentes dos fundadores da Colônia Helvetia celebram todos os anos a data nacional do país, 1º de agosto, com uma grande festa, reunindo a comunidade suíça, seus descendentes e muitos brasileiros. Há fogos de artifício e lançadores de bandeira. É a chamada Festa da Tradição. Em um intervalo das aulas da escola São Nicolau de Flüe, 1927.
A comunidade aprecia o jogo de cartas jass e o jodel, canto coral dos Alpes. Ela organiza-se em torno da Sociedade de Tiro ao Alvo, da igreja e da Sociedade Escolar São Nicolau de Flüe. Conta também com um Centro de Memória, que reúne documentos, fotos e objetos relacionados à história das quatro famílias pioneiras do cantão de Obwalden e de outras que vieram se juntar a elas.
Integrantes das famílias Ambiel, Amstalden, Bannwart e Wolff decidiram romper o contrato de parceria firmado com o Barão de Jundiaí, Antonio de Queiroz Telles, por meio da empresa do Senador Vergueiro, e aproveitando a baixa do preço das terras, compraram o sítio Capivary-Mirim e parte do sítio Serra D’Água. Em 14 de abril de 1888, lançavam a pedra fundamental da Colônia Helvetia. Como as terras — 468 alqueires no total — foram compradas dos herdeiros de Vicente Sampaio Góis, os colonos foram chamados nesse início de “Os Sampaios”.
Em apenas 12 anos, Helvetia já havia dobrado de tamanho. A comunidade expandiu-se ainda mais quando outras propriedades foram adquiri¬das na região pelos descendentes dos pioneiros, em bairros de Indaiatuba, Monte Mor, Campinas, Valinhos, Vinhedo e Jundiaí. São três as instituições que aglutinam a comunidade de Helvetia: a Sociedade Escolar São Nicolau de Flüe, a Sociedade de Tiro ao Alvo e a Igreja de Nossa Senhora de Lourdes.
A escola São Nicolau de Flüe foi construída em 1894, no ano seguinte à chegada ao Brasil do professor Hans von Deschwanden. Seus sucessores foram Max Landmann, um entusiasta da música que organizou um grupo de canto, e José Francisco Bannwart. Entre 1904 e 1942, as Irmãs de Santa Catarina e, depois, Irmãs Beneditinas se encarregaram das aulas. Nos anos seguintes, as religiosas foram substituídas por professoras da própria comunidade. A primeira delas foi Leonor Amstalden.
Anton Ambiel registrou a reunião de 23 de janeiro de 1898, em que foi decidida a construção de uma capela “em louvor da Imaculada Conceição de Maria Mãe de Deus, da Santíssima Trindade e do bem-aventurado patrono da Suíça, Nicoklaus von Flüe”. Até hoje a padroeira é Nossa Senhora de Lourdes, mas a igreja tem outros dois patronos: São José e São Nicolau de Flüe.
Mais de um século depois de sua fundação, a Colônia Helvetia é uma comunidade unida por um passado comum e pela origem suíça que relembra e celebra sua história de geração a geração.
Mas a minha participação na Comunidade Suiça, começou com o convite do querido amigo Andre von Ah, pessoa de alto gabarito que admiro muito desde meu primeiro contato com ele na loja da gategorizadíssimas malas Rimowa que ele administra com tanta clase. Devo ao André, um dia especial com sua família, seus pais Clovis von Ah e Zita Josefa Bannwart von Ah, e com os suiços tão alegres que me receberam tão bem.
Era dias de festa para o padre Luiz Antonio Canto Neto, seu aniversário de nascimento e seus 28 anos de ordenação sacerdotal. Um almoço divino, super delicioso com iguarias bem típicas da Suiça. Cantaram músicas no dialeto Suiço (alemão) que admirei pela força e harmonia. O encontro foi na sede da Sociedade Escolar São Nicolau de Flüe em Indaituba. Que emoção ao chegar lá e sentir a vibração familiar e ter a chance e a oportunidade de conhecer pessoas tão queridas e tradicionais. Na mesma mesa, isabella Dias e Cesar Alfredo Ambiel.
Foram momentos especiais ao lado do sr. Clovis que me levou conhecer cada pedaço da tradição até chegar na casa de Dna. Leonor Amstalden que me deu uma verdadeira aula de sua ancestralidade e do caminho e jornada dos suiços que por aqui chegaram. Sua pesquisa dos 100 anos de Brasil merece meu registro e voltar a falar outras vezes.
Minha gratidão ao querido Andre von Ah por me permitr conhecer um pouco de tão importante tradição que já faz parte de minhas viagens há longos anos, mas, pela primeira vez tive a chance de sentir a alma dos suiços. Jamais vou esquecer o que você me proporcionou. Você é gente do bem Andre Bannwart von Ah e me sinto iluminada de ser sua amiga.
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