terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Mazé Torquato Chotil fala de Herchovitch no Café de La Paix

 
Rigot Ivonete Muller,
Maze Chotil Fuentes,
 Daniela e Bouanga Flora

Nossos queridos amigos em Paris sempre enviando excelentes noticias... hoje, dia e hora da super especial Mazé Torquato Chotil, brasileira, jornalista, pesquisadora, doutora em ciências da informação e da comunicação pela Universidade de Paris VIII.
Autora na França do livro Ouvrière chez Bidermann: une histoire, des vies (sobre a vida de operárias militantes da empresa de confecções de roupas masculinas de alta qualidade)....
Mazé vive em Paris desde 1985, onde se casou com o poeta e compositor francês Bernard Chotil. Ela gosta de degustar os segredos da cidade à pé, “ela não é grande e assim tem-se o tempo de apreciar pequenos detalhes, cores, luzes, esculturas, prédios,... aos poucos se apropriar de toda a história que ela pode nos contar”. ... Pouco a pouco foi desvendando os inúmeros segredos da cidade luz, se interessou pelos compatriotas que por lá estiveram, das mais diferentes áreas, quis saber quais suas ligações com a cidade, somando assim preciosas informações que resolveu compartilhar com o público através deste livro que mais que um guia turístico é uma viagem apaixonada pela cidade e sua cultura.....
Caros amigos,
Aqui está um artigo que escrevi sobre o nosso brigadeiro lançado no Café de La Paix pelo estilista brasileiro Alexandre Herchcovitch para a revista Wnews, para a qual escrevo todo final de mês um artigo http://www.newsflip.com.br/pub/revistawnews/)... Boa leitura !... Mazé Torquato Chotil:
“Minha Paris Brasileira” -
http://www.livrariacorporativa.com.br/produto.php?.. products_id=1267&CSid=92207f4b6e8986b8426442ae5bdddcb9
Este guia pretende mostrar Paris com os olhos de brasileiros que partilharam uma convivência estreita com a cidade e podem, dessa forma, apresentar seus lugares de predileção, espaços preciosos que o comum dos turistas só poderá descobrir com muito tempo e incansável espírito aventureiro. A autora coloca em evidência as mil facetas da cidade traçando em cada rota, as peculiaridades que encantaram brasileiros de todos os tempos, pessoas que estão ou estiveram na capital francesa, que ali viveram ou deixaram suas marcas, a exemplo de D. Pedro II, Oscar Niemayer, Jorge Amado, Celso Furtado, Sebastião Salgado, Afrânio Garcia, Vinícius de Moraes, Miguel Reale Jr., Fernando Henrique Cardoso...são tantos!
A. H.
Moda e suas tendências nunca me interessaram, razão pela qual quando convidada a assistir ao lançamento de um “brigadeiro especial”, o French Brigadeiro en Paris, com o estilista brasileiro Alexandre Herchcovitch, que não tinha nenhuma idéia de quem era, pensei duas vezes se o assunto era interessante ou não para mencionar nestas páginas.
Alexandre Herchcovitch é estilista brasileiro, conhecido internacionalmente. Ele apresenta suas coleções nas semanas oficiais de moda no Brasil e desde 2004 em todas as Fashion Weeks de Nova York. Jovem de 37 anos é reconhecido por especialistas como criativo e versátil. Reside em São Paulo onde cria quatro coleções por ano de prêt-à-porter para homens e mulheres. Até Julho de 2007 era o diretor de criação da marca Cori. Seu currículo diz ainda que em 2006 ele passou a ser diretor artístico do Senac Fashion Design University, que em Março de 2007 inaugurou sua primeira loja no estrangeiro, no Japão. O convite vinha do Café de La Paix, o Café da Paz, um dos mais tradicionais da cidade, ao lado direito da Ópera de Paris, na esquina do Boulevard des Capucines e a Praça da Ópera. Não pude comparecer ao evento, na manhã da Terça-Feira, dia 16, mas decidi falar dele aqui porque é o Brasil em Paris e uma oportunidade de falar do patrimônio histórico que é o prédio do Café de La Paix e do hotel Intercontinental, que se chamava "Grand hotel".
Comecemos pelo "French brigadeiro", uma adaptação do nosso brigadeiro, a única sobremesa que sabe fazer o nosso estilista Alexandre, que gosta muito de cozinhar. Nas informações enviadas à imprensa aprendo, não sabia, que o brigadeiro das nossas festas de aniversário teria sido criado nos anos 40 e seu nome viria do fato que eles eram distribuídos pelos partidários do brigadeiro Eduardo Gomes nas campanhas para a Presidência da República.
O bolo, ou melhor, a "pâtisserie" como é chamada aqui, o "French brigadeiro" foi adaptado ao savoirfaire e o requinte francês. Ou seja, é colocado numa base de biscoito de chocolate e servido com granita de guaraná. "É o casamento de um doce tipicamente brasileiro e de um mouse de chocolate à la française, a França encontra o Brasil", diz o estilista. Sua imagem nos faz pensar na bola de futebol, o esporte nacional. Por que uma sobremesa brasileira? A resposta está no fato que o Café resolveu há seis anos homenagear os países que fazem parte do BRIC - Brasil, Rússia, Índia e China, nações em expansão econômica em relação ao mundo europeu. Agora foi a vez do Brasil. Assim, a sobremesa já pode ser saboreada pelo público do mundo inteiro que freqüenta o café, porém em período limitado, até 15 de Maio.
Alexandre provando
o French brigadeiro
O preço? 16 Euros, ou seja, por volta de 37 Reais. Quem pode pagar tem o privilegio de apreciar o patrimônio que é o café e o hotel. Inaugurado em 1862, sob o segundo Império, ele passou por uma importante. Renovação em 2003. O hotel quatro estrelas de luxo possui num lugar nobre de Paris, 470 quartos entre os quais 72 suítes. Tem também 21 salões de recepção e uma sala de 28 WNews 30 de Novembro 2010 REVISTA baile. Continuando a série de números, 650 empregados cuidam dos serviços. Com mais de 140 anos de existência, o complexo faz parte do patrimônio histórico da cidade, é um das raras testemunhas do café restaurante elegantes do segundo Império.
A decoração possui pinturas no teto, nos muros, veludo nas cadeiras, belos tapetes, abajur, tudo para atrair uma clientela sofisticada que gosta de intimidade e animação. Autoridades, homens políticos e de negócios freqüentaram o café restaurante hotel. Seu site diz que em 1898 o escritor Oscar Wilde o freqüentava, que em 1914 os taxis da La Marne desfilaram na frente dele rumo ao palco da guerra e no final dela, Clemenceau, Presidente francês da época, se instalou no andar superior para admirar o desfile das tropas na frente da Ópera.
Nos anos cinqüenta, a atriz Marlene Dietrich provocava aglomerações no hotel, que recebeu em 2000 o premio do patrimônio organizado pela Prefeitura de Paris pelo restaurante Cabaret. Atualmente recebe muita gente ligada ao mundo do design e dos negócios. Patrimônio arquitetônico e poderíamos dizer também, patrimônio gustativo, acolhe sempre chefs importantes do mundo culinário francês (atualmente Christophe Raoux ex-Tour d'Argent, Alain Ducasse). O Café de La Paix mostra uma fidelidade à tradição das grandes brasseries parisienses. Serviço à La carte ou menus, tem uma grande escolha: ostras, crustáceos entre outros frutos do mar, pato assado "laqué d'agrumes et macaronis truffés" ou "crépinette de chevreau escortée de fèves morilles", poesia pura!
E as sobremesas? Fora o "French brigadeiro", tem o que dá água na boca! Porém se o tempo for curto, podese apreciar um prato rápido ao meio dia, tomar o café da manhã, somente um café ou outra bebida na sua terrasse, apreciando o que se passa no boulevard e ao seu redor. Na Carte pode-se ler que eles oferecem produtos naturais da Amazônia, como o suco de açaí. Se a viagem à Paris não estiver programada para os próximos dias, é possível fazer um tour pelo site. Descobrir a decoração e os pratos oferecidos. Na rubrica "Café de La Paix", no período 1976-1990, podemos ver a capa de uma publicação brasileira informando que a cozinha francesa do La Paix foi mostrada no Rio de Janeiro. Porém; se o final do ano for por aqui, a proposta para a São Silvestre é em torno do Les Années Folles, os anos 20. Muito glamour e elegância no salão do famoso Café de La Paix A fachada do La Paix, o famoso endereço em Paris.

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