terça-feira, 28 de setembro de 2010

"Waiting for Superman" MOSTRA A CRISE NA EDUCAÇÃO

Assisti ao programa da apresentadora pela GNT hoje pela manhã e fiquei estarrecida com o horror que está o ensino e falta de preparo dos professores nos Estados Unidos. Bill Gates com seus inúmeros projetos contou para quem quizesse ouvir que o futuro dos Estados Unidos está um caos. Ninguém sabe nada de nada. Estão atuando com um projeto Lá e cá!!!

É intolerável que nos EUA de hoje seja uma bola de bingo a determinar o futuro educativo de uma criança. "Waiting for Superman" revela como a crise na educação deve ser levada a sério. É preciso olhar para os EUA de baixo para cima e não de cima (Washington) para baixo. Da explosão de novas charter schools, escolas independentes com financiamento público que podem também ser financiados por privados, ao novo contrato sindical celebrado em D. C. com os professores, que irá trazer grandes recompensas aos docentes cujos alunos melhorem mais depressa, eliminando os que o não consigam. Os cidadãos estão finalmente a levar a sério a crise da educação. Se o leitor não quiser fazer o pino, vá a um cinema depois de 24 de Setembro e veja o documentário "Waiting for Superman". Perceberá do que estou a falar.
 
Davis Guggenheim.

Realizado por Davis Guggenheim ("Uma Verdade Inconveniente", de Al Gore), "Waiting for Superman" retira o título de uma entrevista de abertura com o notável Geoffrey Canada, fundador da organização sem fins lucrativos Harlem Children''s Zone. A HCZ usou uma estratégia global, de que faz parte um colégio pré-natal, programas de serviço social e horários alargados nas suas charter schools, para abrir caminho para o futuro num dos mais desfavorecidos bairros nova-iorquinos. Na perspectiva de Geoffrey Canada, a única maneira de emendarmos as nossas escolhas não passa por um Super-Homem nem por uma superteoria. Passa por super-homens e supermulheres a fazerem superforça para reunirem o que sabemos funcionar: professores com melhor formação, utilizando os melhores métodos sob a orientação dos melhores reitores e apoiados por pais mais intervenientes. "Um dos dias mais tristes da minha vida foi aquele em que a minha mãe me disse que o Super-Homem não existia", diz Canada no filme. "Eu adorava-o porque, nas profundezas do gueto, era fácil pensar: ''Ele vem aí, só não sei quando, mas ele aparece sempre e salva os bons." Mais tarde, quando estava no quarto ou no quinto ano, perguntou, "Mãe, o Super-Homem é real?" Ela contou a verdade: "''Não, ele não existe''. E ela pensava que eu estava a chorar como quem chora porque o Pai Natal não é real. Mas eu chorava porque isso queria dizer que não havia ninguém que viesse aí, com poder suficiente para nos salvar."

"Waiting for Superman" acompanha cinco crianças e seus pais que aspiram obter uma educação pública decente, mas têm de participar numa lotaria para conseguirem entrar numa boa charter school - as locais são miseráveis. Guggenheim abre o filme explicando que era o mais possível a favor de mandar as crianças para a escola local. Até "que chegou a altura de escolher uma escola para os meus próprios filhos, e aí entrou a realidade. A minha postura acerca da educação pública foi menos importante do que o medo de os mandar para uma escola falhada. E por isso, todas as manhãs, traindo ideais que eu pensava respeitar, passo por três escolas públicas a caminho da escola privada onde deixo os meus filhos. Mas tenho sorte; tenho alternativas. Outras famílias há que depositam as suas esperanças numa bola que saltita, num cartão que é retirado de uma tômbola ou num computador que gera números aleatoriamente. É que quando existe uma boa escola pública, não há vagas suficientes, e por isso fazemos o que é justo. Entregamos os nossos filhos e o seu futuro nas mãos da sorte."


Cena do filme.

É intolerável que nos EUA de hoje seja uma bola de bingo a determinar o futuro educativo de uma criança, especialmente quando há tantas escolas que funcionam bem e muitas mais que estão a ficar melhores. Este filme é sobre as pessoas que tentam mudar esse estado de coisas. A tese central do filme é que, durante demasiado tempo, o nosso sistema de educação pública existiu para prestar serviço aos adultos e não às crianças. Durante demasiado tempo andámos a pagar de menos e a subvalorizar os nossos professores, tentando compensá-los dando-lhes mais regalias sindicais. Ao longo de décadas, porém, essas regalias foram-se acumulando de maneira a impedir reformas em muitas circunscrições. Os melhores estão agora em processo de reforma; os piores têm perante si o desafio das charter schools. Embora defenda que a chave para um bom desempenho escolar está em colocar um grande professor em todas as salas e seja crítico dos sindicatos de professores e apoiante de charter schools, o filme desafia todos os adultos que intervêm na gestão das nossas escolas - professores, dirigentes sindicais, reitores, pais, conselhos directivos, fundadores das escolas e políticos - com uma pergunta: estará a dar primazia às crianças e à educação?

É que sabemos o que funciona. E o que funciona não é uma cura milagrosa; é o tipo de tenacidade dê-por-onde-der dos Geoffrey Canadas desta vida; é a seriedade inabalável e sem desculpas dos fundadores das escolas KIPP (Knowledge Is Power Program - programa "O saber é poder"); é a ferocidade do tipo "siga o lema ou saia da frente" dos responsáveis máximos das escolas de Washington e Nova Iorque, Michelle Rhee e Joel Klein. E é o discreto heroísmo de pais e professores de milhões de escolas públicas e charter schools que dão primazia às crianças ao aplicarem as melhores ideias e, ao fazê-lo, tornam as suas escolas um tudo-nada melhores e mais responsáveis a cada dia que passa, para que nos EUA as pessoas não tenham de voltar a jogar bingo com as vidas dos filhos ou rezar para serem salvas pelo Super-Homem.


A escola, hoje, em todos os níveis, preparam incompetentes. Desde que a educação foi colocada num balcão, a escola transformou-se num rentável negócio...cujo produto é de péssima qualidade. Evolução da Educação: Antigamente se ensinava e cobrava tabuada, caligrafia, redação, datilografia... Havia aulas de Educação Física, Moral e Cívica, Práticas Agrícolas, Práticas Industriais e cantava-se o Hino Nacional, hasteando a Bandeira Nacional antes de iniciar as aulas...

Leiam o relato de uma Professora de MatemáticaSemana passada, comprei um produto que custou R$ 15,80. Dei à balconista R$ 20,00 e peguei na minha bolsa 80 centavos, para evitar receber ainda mais moedas. A balconista pegou o dinheiro e ficou olhando para a máquina registradora, aparentemente sem saber o que fazer. Tentei explicar que ela tinha que me dar 5,00 reais de troco, mas ela não se convenceu e chamou o gerente para ajudá-la. Ficou com lágrimas nos olhos enquanto o gerente tentava explicar e ela aparentemente continuava sem entenderPor que estou contando isso? - Porque me dei conta da evolução do ensino de matemática desde 1950, que foi assim
1. Ensino de matemática em 1950Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda. Qual é o lucro?
 2. Ensino de matemática em 1970: Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda ou R$ 80,00. Qual é o lucro?
3. Ensino de matemática em 1980Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00. Qual é o lucro?
 4. Ensino de matemática em 1990Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00. Escolha a resposta certa, que indica o lucro: 
( )R$ 20,00 ( )R$ 40,00 ( )R$ 60,00 ( )R$ 80,00 ( )R$ 100,00
 5. Ensino de matemática em 2000Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00. O lucro é de R$ 20,00. Está certo?  ( )SIM ( ) NÃO
 6. Ensino de matemática em 2009Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00. Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00. ( )R$ 20,00 ( )R$ 40,00 ( )R$ 60,00 ( )R$ 80,00 ( )R$ 100,00
7. Em 2010 vai ser assimUm lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00. Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00. (Se você é afro descendente, especial, indígena ou de qualquer outra minoria social não precisa responder). ( )R$ 20,00 ( )R$ 40,00 ( )R$ 60,00 ( )R$ 80,00 ( )R$ 100,00
 
E se um moleque resolver pichar a sala de aula e a professora fizer com que ele pinte a sala novamente, os pais ficam enfurecidos pois a professora provocou traumas na criança. - Essa pergunta foi vencedora em um congresso sobre vida sustentável:  Todo mundo está 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos...  Quando é que se 'pensará' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"

Passe adiante! Precisamos começar JÁ!

Nenhum comentário:

Postar um comentário