segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Chinês ganha o Festival de Locarno

Piazza Grande.
Terminou sábado, 14, depois de dez dias de projeções de filmes de todo o mundo, o Festival Internacional de Cinema de Locarno, com a cerimônia de entrega dos prêmios Leopardos de ouro e de prata. Do Brasil, Helena Ignez e Ícaro Martins, diretores do filme Luz nas Trevas, só ganharam o prêmio Boccalino; prêmio de um grupo paralelo de críticos de cinema. Nenhum prêmio foi concedido ao filme brasileiro pelo júri oficial. Também sem premio, o Ricardo Targino, diretor do curta-metragem Ensolarado.

O Leopardo de Ouro para filme de longa-metragem foi para o filme chinês Han Jia, Férias de Inverno, de Li Hongqi, com conversas e debates entre quatro jovens sobre temas como o amor e sua influência sobre os estudos e a importância da formação escolar. O Leopardo de Ouro de curta metragem foi para Uma História de Mútuo Respeito, codirigida pelos jovens portuguêses Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt em Brasília e nas Cataratas de Iguaçu. O curta-metragem de 23 minutos fez parte da paralela Leopardos de Amanhã. O prêmio especial do júri foi para Morgen ou Amanhã. Filme rumeno de Marian Crisan, que trata da questão da imigração ilegal dentro da União Européia. Nelu, um velho rumeno, trabalha como segurança num supermercado e, nas folgas vai pescar.
O prêmio de melhor direção foi para o canadense Denis Côté, com o filme Curling, onde o personagem principal é esquisofrênico e mantém sua filha isolada totalmente do mundo, sem ir à escola e sem ter amigos, desenvolvendo comportamentos estranhos diante de certas situações. O ator desse filme Emmanuel Bilodeau ganhou o premio de melhor interpretação, enquanto o prêmio de melhor atriz foi para a sérvia Jasna Duricich, do filme Beli Beli Svet, rodado numa cidade mineira da Sérvia, onde a miséria leva seus habitantes a viverem dramas e tragédias como o incesto.

Uma média de 6 mil pessoas viu, ao ar livre, num telão de 300 m2, 16 filmes, premiado pelo público o filme israelense de Eran Riklis.

Depois, quando o Pereiro fala sobre a realidade do cinema brasileiro ninguém gosta. A realidade está aí e ninguem faz nada.

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