quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Jornalista Baby Garroux: ‘Leve-as por 100 bolívares’:...




Assim se passa a vida e drama das meninas venezuelanas obrigadas a se prostituírem para comer no Mercado de Maracaibo, comércio com adolescentes de até 14 anos que funciona 24 horas.

Diz a polícia do Estado venezuelano de Zulia (Maracaibo) que prende, em média, dez mulheres por semana acusadas de prática de prostituição na região do Mercado de Maracaibo. Muita pobreza.

A maioria do grupo são menores de idade e sempre há uma indígena que chegam ao lugar vestindo trapos e pedindo esmolas. É um desastre. Elas vendem café ou bananas, mas começam a te tocar, falar besteiras. Eles se relacionam com elas dentro dos caminhões.

Local de roubo consumo de bebidas alcoólicas e drogas, afetando integrantes de tribos venezuelanas. Cerca de 35% dos jovens venezuelanos tem a primeira relação sexual entre os 12 e 18 anos, de acordo com estudos. Na cultura wayuu não existe um período de transição entre a infância e a idade adulta e, por isso, não se pode falar de sexualidade precoce.

Na tradição wayuu chamada de "a clausura", as mulheres adultas explicam para as jovens na puberdade quais são seus deveres como mulher e futura esposa. A virgindade não é uma preocupação moral, e nos dias de hoje, com a crise econômica, a fome, é o terror.

Os frequentadores do Mercado de Maracaibo usam os corpos das meninas wayuu ou outras tribos, como moeda de troca para uma quantia que varia entre mil e 2 mil bolívares (25 a 50 centavos de dólar americano segundo a taxa do mercado "negro" de divisas), bananas podres ou outro tipo de comida.

A fome e abandono das populações indígenas da Venezuela desconhecem seus direitos como populações indígenas. Tem os artigos 119 e 126, mas as leis não são cumpridas.

Os responsáveis Órgãos de Estado Fundação Niño Zuliano, o Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente, casas de abrigo onde o governo hospeda os menores com as piores situações social e familiar "abordam" no mercado, mas não solucionam.

Esta reportagem faz parte da série especial 100 Mulheres, da BBC.

Que nojo!!!


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