Nadia Murad é a mais nova embaixadora no combate ao
tráfico de pessoas, depois de ser indicada para disputar o Prêmio Nobel da Paz.
Nadia, tem iniciativas de apoio e
conscientização sobre a difícil situação de milhões de vítimas de tráfico
humano, especialmente de refugiados, mulheres e crianças. Seu depoimento na
abertura da reunião de alto nível sobre refugiados e migrantes, dia 19 de
setembro, foi de doer.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon,
e a advogada de direitos humanos e sua advogada de Nadia, Amal Clooney, também
participaram do evento.
“Fui usada da maneira que eles queriam
me usar. E não estava sozinha. Meu medo real é que quando o Estado Islâmico
tiver sido vencido, seus terroristas façam as barbas e caminhem pelas ruas como
se nada tivesse acontecido. Não podemos permitir que isso aconteça.”
São inúmeras mulheres que sofreram
abusos pelos jihadistas. Ela foi uma das 5 mil jovens da minoria yazidi
mantidas em cativeiro pelo Estado Islâmico em 2014. Eles levam as mulheres para
se tornarem escravas sexuais em Mossul.
Nadia escapou e chegar a um campo de
refugiados em novembro de 2014: “Nós valíamos menos do que animais. Eles
estupravam meninas em grupos. Eles faziam o que a mente não consegue imaginar.”
disse Nadia a estudantes da Universidade do Cairo em dezembro do ano passado.
Muitas jovens não suportaram o
sofrimento e se suicidaram: “Eu nunca quis me matar, mas queria que eles me
matassem”. disse à revista “Time”.
Ela contou sua história na sede da ONU,
em Nova York. Agora conta com uma das advogadas especializadas em direitos
humanos mais competentes do mundo, Amal Clooney que vai enfrentar o
Estado Islâmico em seu próximo caso.
Amal está ciente dos perigos que vai
enfrentar, e conta com o apoio do marido, o ator George Clooney, em
seu novo trabalho. Nesta segunda-feira, participou de um painel na Assembleia
Geral da ONU, em Nova York, junto com o ex-prefeito de Londres e atual
secretário de Estado do Reino Unido para assuntos externos, Boris Johnson, além
de membros de ONGs internacionais ligadas aos direitos humanos.
Amal é defensora da ideia de que o
EI só pode ser vencido nos tribunais, por esta ser a única maneira de acabar
com as ideias que eles defendem. Os bombardeios contra a organização, segundo
ela, não resolvem a questão.
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