terça-feira, 20 de setembro de 2016

Jornalista Baby Garroux: Escritório da ONU sobre Drogas e Crime, Unodc, recebeu a sobrevivente de abusos sexuais do Estado Islâmico no Iraque, Nadia Murad de 23 anos.



Nadia Murad é a mais nova embaixadora no combate ao tráfico de pessoas, depois de ser indicada para disputar o Prêmio Nobel da Paz.

Nadia, tem iniciativas de apoio e conscientização sobre a difícil situação de milhões de vítimas de tráfico humano, especialmente de refugiados, mulheres e crianças. Seu depoimento na abertura da reunião de alto nível sobre refugiados e migrantes, dia 19 de setembro, foi de doer.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e a advogada de direitos humanos e sua advogada de Nadia, Amal Clooney, também participaram do evento.

Fui usada da maneira que eles queriam me usar. E não estava sozinha. Meu medo real é que quando o Estado Islâmico tiver sido vencido, seus terroristas façam as barbas e caminhem pelas ruas como se nada tivesse acontecido. Não podemos permitir que isso aconteça.”

São inúmeras mulheres que sofreram abusos pelos jihadistas. Ela foi uma das 5 mil jovens da minoria yazidi mantidas em cativeiro pelo Estado Islâmico em 2014. Eles levam as mulheres para se tornarem escravas sexuais em Mossul.

Nadia escapou e chegar a um campo de refugiados em novembro de 2014: “Nós valíamos menos do que animais. Eles estupravam meninas em grupos. Eles faziam o que a mente não consegue imaginar.” disse Nadia a estudantes da Universidade do Cairo em dezembro do ano passado.



Muitas jovens não suportaram o sofrimento e se suicidaram: “Eu nunca quis me matar, mas queria que eles me matassem”. disse à revista “Time”.

Ela contou sua história na sede da ONU, em Nova York. Agora conta com uma das advogadas especializadas em direitos humanos mais competentes do mundo, Amal Clooney que vai enfrentar o Estado Islâmico em seu próximo caso.

Amal está ciente dos perigos que vai enfrentar,  e conta com o apoio do marido, o ator George Clooney, em seu novo trabalho. Nesta segunda-feira, participou de um painel na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, junto com o ex-prefeito de Londres e atual secretário de Estado do Reino Unido para assuntos externos, Boris Johnson, além de membros de ONGs internacionais ligadas aos direitos humanos.


Amal é defensora da ideia de que o EI só pode ser vencido nos tribunais, por esta ser a única maneira de acabar com as ideias que eles defendem. Os bombardeios contra a organização, segundo ela, não resolvem a questão.

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