Ele se apresenta no concerto em
comemoração aos 35 anos do Mozarteum Brasileiro. Vida nova no mundo da ópera e
no universo dos cantores.
Será um sucesso como os ‘Grandes
Tenores”????
O bonito alemão é um grande candidato pela
escolha de repertório de canções e interpretações. Verifique nesta
quarta-feira, 10, em São Paulo, no recital único ao lado do pianista Helmut
Deutsch, na Sala São Paulo.
Vai interpretar óperas que o tornaram
célebre, como Verdi, Wagner ou Puccini. “A canção é a rainha dos gêneros do
canto. Exige um toque delicado, mais cores, nuances, maior controle de
dinâmica, cuidado com o texto. Você está exposto o tempo todo e é o responsável
pelo que acontece no palco. O que significa também que não dá para culpar
ninguém caso algo saia errado”, disse o tenor.
“Se você opta por cantar um ciclo de
canções como Winterreise ou Die Schöne Müllerin, de Schubert, há uma história a
ser contada. Mas se você opta por diferentes peças de diferentes autores, então
você tem a chance de contar 20 pequenas histórias, sempre alternando
temperamentos, estilos, a forma de expressão. Para mim, fazer isso é muito
exigente e fascinante”, diz.
Sua carreira começou em 1989, quando abandonou
a faculdade de Matemática para se dedicar exclusivamente ao canto. Dez anos
mais tarde, ‘causou’ no Festival de Salzburgo. O mundo abriu os olhos para seu
canto.
“Não tenho fantasias sobre cantar
papéis de barítono no futuro, mas como minha voz sempre é descrita como
abaritonada, resolvi encarar esse desafio nos concertos com a Filarmônica de
Viena”, ele conta.
“Há pessoas mais interessadas no
passado do que no presente. Há certo toque de nostalgia nesse universo. O
conhecimento da tradição, para mim, é fundamental. Mas, como disse Mahler, a
tradição significa passar adiante a chama e não adorar as cinzas. É por isso
que acredito tanto em projetos que se preocupam em levar a ópera até as
crianças, é preciso passar a elas essa chama. Eu tinha 6 anos quando assisti à
minha primeira ópera, foi Madama Butterfly, de Puccini. Foi, com certeza, um
dos momentos-chave da minha vida musical”, disse Jonas Kaufmann ao Estadão.
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