quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Jornalista Baby Garroux: Tenor Jonas Kaufmann na Sala São Paulo.





Ele se apresenta no concerto em comemoração aos 35 anos do Mozarteum Brasileiro. Vida nova no mundo da ópera e no universo dos cantores.

Será um sucesso como os ‘Grandes Tenores”????

O bonito alemão é um grande candidato pela escolha de repertório de canções e interpretações. Verifique nesta quarta-feira, 10, em São Paulo, no recital único ao lado do pianista Helmut Deutsch, na Sala São Paulo.

Vai interpretar óperas que o tornaram célebre, como Verdi, Wagner ou Puccini. “A canção é a rainha dos gêneros do canto. Exige um toque delicado, mais cores, nuances, maior controle de dinâmica, cuidado com o texto. Você está exposto o tempo todo e é o responsável pelo que acontece no palco. O que significa também que não dá para culpar ninguém caso algo saia errado”, disse o tenor.

Se você opta por cantar um ciclo de canções como Winterreise ou Die Schöne Müllerin, de Schubert, há uma história a ser contada. Mas se você opta por diferentes peças de diferentes autores, então você tem a chance de contar 20 pequenas histórias, sempre alternando temperamentos, estilos, a forma de expressão. Para mim, fazer isso é muito exigente e fascinante”, diz.

Sua carreira começou em 1989, quando abandonou a faculdade de Matemática para se dedicar exclusivamente ao canto. Dez anos mais tarde, ‘causou’ no Festival de Salzburgo. O mundo abriu os olhos para seu canto.

Não tenho fantasias sobre cantar papéis de barítono no futuro, mas como minha voz sempre é descrita como abaritonada, resolvi encarar esse desafio nos concertos com a Filarmônica de Viena”, ele conta.

Há pessoas mais interessadas no passado do que no presente. Há certo toque de nostalgia nesse universo. O conhecimento da tradição, para mim, é fundamental. Mas, como disse Mahler, a tradição significa passar adiante a chama e não adorar as cinzas. É por isso que acredito tanto em projetos que se preocupam em levar a ópera até as crianças, é preciso passar a elas essa chama. Eu tinha 6 anos quando assisti à minha primeira ópera, foi Madama Butterfly, de Puccini. Foi, com certeza, um dos momentos-chave da minha vida musical”, disse Jonas Kaufmann ao Estadão.


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