A Assembléia Geral da ONU, que ocorre em Nova Iorque , promove
encontro de autoridades para avaliação do Plano Global de Enfrentamento ao
Tráfico de Pessoas. A reunião é uma oportunidade única de avaliar as
conquistas, lacunas e desafios do plano mundial de ação da ONU aprovado
em 2010 e outros instrumentos congêneres como a Convenção de Palermo, de 2001.
O objetivo global é extinguir toda e qualquer modalidade de trafico de pessoas
com ações efetivas e sustentáveis.
O primeiro dia da reunião, dedicado às
manifestações dos representantes de todos os países presentes na sessão
plenária, seguida de dois painéis. O primeiro painel serve para debater instrumentos
globais e parcerias para a proteção e assistências às vítimas e o segundo para
o compartilhamento de boas práticas e lições para a prevenção e persecução
penal na implementação do Plano de Ação Global. A maioria dos 22 países
que já se manifestaram durante o primeiro dia da reunião plenária tem
dado ênfase à vulnerabilidade das mulheres e crianças e aos fatores sociais,
culturais e econômicos que dão forma à esta exploração das pessoas no mundo
contemporâneo. Outro ponto dos países participantes é a de que a discussão de
ações concretas para repressão, prevenção e atenção às vítimas exige cada vez
mais uma coordenação bilateral, regional e global.
A abertura da reunião plenária foi
feita pelo Secretario Geral da ONU, Ban Ki Moon, pela embaixadora da ONU para o
tema, Mira Sorvino, e pelo diretor executivo do UNODC, Yury Fedotov. A missão
brasileira é chefiada pelo secretário Nacional de Justiça do Ministério da
Justiça, Paulo Abrão. É composta ainda pela diretora do Departamento de
Justiça, Fernanda dos Anjos, pela embaixadora Regina Dunlop, da representação
permanente do Brasil na ONU e pelo diplomata Carlos Pérez enviado pelo
Ministério das Relações Exteriores. A delegação brasileira conta também com um
representante da sociedade, Jaqueline Leite do Centro Humanitário de Apoio à
Mulher.
O Brasil defendeu a tese que uma
estratégia adequada e eficaz para fazer frente ao tráfico de pessoas deve
assegurar o respeito aos direitos humanos. O secretário Nacional de Justiça,
Paulo Abrão, assinalou o compromisso do Brasil com distintos segmentos sociais:
"Nossa perspectiva implica na necessidade de se aumentar a proteção
oferecida aos estrangeiros indocumentados e a outros grupos vulneráveis
especialmente a comunidade LGBT e às mulheres que são as vítimas e estão sob
condição de desigualdade e de discriminação mais forte". O Brasil
aproveitou a ocasião e anunciou a todos o lançamento da Campanhã Coração Azul -
Brasil, ocorrido na última quinta feira em Brasília pelo ministro da
Justiça José Eduardo Cardozo em parceria com Secretaria de Direitos Humanos e a
Secretaria de Políticas para Mulheres. O lema da campanha brasileira é:
"Liberdade não se compra. Dignidade não se vende. Denuncie o tráfico de
pessoas" e conta com a cantora Ivete Sangalo como embaixadora.
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