PARIS - La Palme (de)culotée - A Palma
sem calcinhas de Abdellatif Kechiche virou manchete dos principais jornais
franceses, dividindo as capas com as manifestações de ontem em Paris, contra e
a favor o casamento gay.
Os franceses ainda não se
recuperaram do choque que foi ver Dominique Strauss-Kahn, o ex-presidente do
Banco Mundial - que protagonizou escândalo de assédio sexual -, fazer a montée
des marches do maior festival do mundo.
O assunto dominante era a
audaciosa decisão de Steven Spielberg e seus jurados, avaliando as gráficas
cenas de sexo entre Adèle Exarchopoulos e Léa Seydoux. Elas parecem tão reais -
na entrevista que deu ao Caderno 2, Adèle repetiu com alguma exasperação que
c’était faux, era falso. Ela faz questão de dar seu apoio ao casamento entre
iguais, mas também de deixar claro que não é sua praia.
Adèle, de resto, dedicou o prêmio a seu amor - e ele estava na plateia, sentado com os pais dela. Le Figaro, Libération, Nice Matin.
Adèle, de resto, dedicou o prêmio a seu amor - e ele estava na plateia, sentado com os pais dela. Le Figaro, Libération, Nice Matin.
A vitória da França foi
saudada com uma revanche do cinema e da juventude franceses. No palco do Grand
Theatre Lumière, Kechiche já havia dedicado seu filme aos jovens, ao seu
"espírito de liberdade e vivre ensemble", que deveria servir de farol
para a sociedade inteira.
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