sábado, 28 de julho de 2012

A VOLTA DE UM SONHO





E porque não em Istambul? E no Egito?..... Ou em qualquer outro lugar, país, depende do momento, do projeto, oportunidade, tantas coisas...... e, quando conseguimos realizar, é difícil o momento de dizer adeus. E esta acontecendo neste momento, final da vivência com esta terra de reis e rainhas; das lindas mesquitas e basílicas; dos bazares, cheiros, especiarias, arte em geral; dos tapetes fabulosos, das turquesas, dos olhos sagrados e jóias incríveis; das mulheres fascinantes e homens guerreiros; dos desertos povoados pelos Beduínos; dos templos cheios de historias, com seus nomes consagrados e mudados constantemente; das inúmeras substituições de poder; da força dos muçulmanos e a fé no Ramadan; da abertura forte até os dias de hoje para os cristãos com suas milhares de igrejas espalhadas por todos os lados; das mãos de Maria com a sua Sagrada Família em muitos locais confirmados e consagrados, ainda admirados e visitados com muita fé; dos milagres comprovados. Ah, quanta coisa eu aprendi desta vez, e terei que aprender mais ainda se tiver a chance e oportunidade de voltar um dia à terra dos mistérios, dos Faraós, do Ramsés e seus descendentes que deixaram riquíssima cultura. 
Beber da fonte diretamente é uma bênção, e eu consegui através de uma carreira limpa, cheia de busca e iniciações, e em todas elas sempre respeitando a abertura que me deram vivenciando com os olhos de dentro e não de fora, tentando entender o que meus próprios olhos não conseguiram captar. 
Quando fui contatada pela Operadora Link Tours para uma primeira viagem, fiquei deslumbrada com tamanha abertura e poder retornar como coordenadora de um grupo e com um guia egiptólogo confirmado pela melhor universidade e ser aluna de cada orientação dada, foi o máximo. 
É decididamente um país povoado de informações, sejam elas políticas, econômicas, familiares, costumes, e, com revolução contra os corruptos como em todos os países para que possam viver dignamente. 
Que me perdoem os que não conseguiram entender a terra e julgam minha explanação nas linhas escritas, mas ainda pertencemos a um país livre e a expressão de cada um pode e deve ser respeitada. Claro que vivi a pobreza do país também, as informações que guias turísticos jamais dariam, e quando menos se espera, alguém chega -  sabe-se lá porque - e abre seu coração e conta o que esta explodindo dentro do peito e ninguém quer escutar. Seja homem ou mulher. O instinto jornalístico bate a porta e deixo fluir o que o outro quer contar.... É a vez dele..... Paro tudo e aprendo mais ainda com os olhos de dentro, do coração.... 
Volto aos ensinamentos da vovó com o velho ditado: “uma pessoa pode enganar algumas pessoas durante algum tempo, mas uma pessoa não consegue enganar muitas pessoas durante muito tempo”........ 
Volto também um outro dia através de palavras, presença seja lá como for....... 
A terra do deserto com seus 40 graus não serve apenas para arquitetar casas e templos. Ela contém fortunas debaixo das ventanias formadoras de pirâmides desenhadas pela noite escura e sol ardente que um dia virão à tona.... 
Ah Egito, continue escondendo sua riqueza aos olhos dos corruptos que tentam colocar seu nome nas trevas; dificulte aos mais afoitos as descobertas de sua glória que fez sua história até hoje viva no mundo; feche os ouvidos aos formadores de opinião sem nunca ter pisado ou respeitado seu solo; continue a intrigar aos falsos estudiosos da egiptologia que desconhecem seu poder milenar; e me deixe passar por suas areias com muito respeito e olhos e ouvidos abertos para mais uma vez sonhar.......

sexta-feira, 27 de julho de 2012

DESAFIO E ESPANTO COM A BELEZA DE ABU SIMBEL....




ABU SIMBEL está a 280 km. ao sul de Assuão. Localizada na margem oeste do rio Nilo. O rei Ramsés II (1290-1223 a.C aprox.) escolheu esse sítio privilegiado para construir dois templos fascinantes escavados inteiramente na rocha do monte. Ramsés II é um dos mais celebres soberanos da História Antiga do Egito. È considerado, sem dúvida, o primeiro construtor do Egito, pois grande parte dos monumentos conservados de hoje data do seu reinado. Os dois templos foram afetados pelas águas do Lago Nasser, por isso em 1964 as obras de salvação iniciaram-se, graças aos esforços do UNESCO os dois templos foram transferidos a um local mais seguro com 65 m. de altura. Enfim e depois de grande trabalho e técnica muita avançada e a custos que atingem 40 milhões de dolares americanos. Os dois templos foram demontados, e outra vez foram remontados num lugar mais alto, e afinal foram inaugurados em 22 de Setembro de 1968. O primeiro templo dedicado a Rá-hor-Akhty, Amón, Petah e ao próprio rei divinizado Ramsés II. O segundo templo, e o menor em termos de tamanho, foi dedicado à deusa Hathor, e à esposa favorita de Ramsés II, a rainha Nefertari.



Este belo templo escavado inteiramente nas rochas foi construído Por Ramsés II. Tem uma fachada de 35 m. de comprimento e 30 m. de altura. Encontram-se quatro colossos sentados do rei adiante da fachada do templo. Cada um tem 20 m. de altura e representa o rei sentado no trono com a coroa dupla do Alto e Baixo-Egito sobre o toucado real. Enquanto que aos dois lados e entre as duas pernas se encontram três figuras com tamanho menor que representam as consortes, filhas, e filhos do rei. Também, lá existe uma inscrição em grego feita pelos comerciantes gregos que visitaram o templo durante o reinado do rei Pesmatik I da dinastia XXVI.( 663-525 a.C aprox.). Nos lados do trono existe a representação tradicional do sinal conhecido do Sma-tway (sinal da Unificação das duas terras do Egipto; o norte e o Sul) que ilustra o deus do rio Nilo, por duas figuras gêmeas e bissexuais; a primeira representa o rio do Alto-Egito e o a segunda indica o Nilo do Baixo-Egito. Hapi em forma de duas figuras está a atar a flor de lótus (emblema do Sul) com o papiro (emblema do Norte) como um sinal da unificação histórica do país. Abaixo dos pés gigantescas do rei se encontra uma representação que ilustra os inimigos tradicionais do Egito naquela época: os Asiáticos e os Núbios. Em cima da entrada no centro encontra-se um nicho que contem uma estátua pequena do deus Rá-hor-Akhty representado de pé com o disco solar sobre a sua cabeça. 



O deus Rá-Hor-Akhty era um dos mais antigos e importantes deuses do Antigo Egito, pois foi considerado uma forma do deus Rá, o deus do sol. No topo da fachada encontra-se uma fila de babuínos que simbolizam ao culto do sol. Antes de passar pela entrada chega-se a um terraço retangular, no lado meridional existe a estela famosa que narra a história do casamento do rei Ramsés II com a filha do rei dos Hititas. A terraça conduz a um vestíbulo longo cujo fundo, aos dois lados, está decorado de cenas que ilustram o rei fazendo oferendas diante de Amón-Rá, Mut, e Rá-hor-akhty. Passando por uma entrada decorada dos cartuchos de Ramsés II chega-se a uma Sala com pilares (Hipóstila) que tem quase 17 m. de comprimento e 16 m. de largura. Os 8 pilares dessa sala estão adornados com a figura do rei (com braços cruzados ao peito). A maioria dos relevos entalhados nos pilares é religioso ilustrando o rei ora rezando diante das diversas divindades, ora fazendo oferendas. Na parede oriental encontra-se uma cena que representa Ramsés segundo subjugando os inimigos Asiáticos, enquanto ao lado oposto está há uma cena similar que ilustra o rei subjugando os inimigos núbios. O tecto da nave central da sala hipóstila está decorado de buitres com asas abertas, enquanto o teto das naves laterais está decorado de estrelas. Ao lado esquerdo (no fundo) encontram-se dois quartos ornamentados com relevos pintados, e ao lado direito se encontram 4 quartos decorados de relevos coloridos e impressionantes, provavelmente eram usados como depósitos em que guardavam os utensílios e tesouros do templo. Em geral, As paredes desses quartos estão recobertas de várias cenas religiosas, a maioria delas ilustra o rei fazendo oferendas diante das divindades diferentes. Voltando à primeira Sala Hipóstila chega-se a outra sala pequena de 4 pilares. Lá, encontram-se duas esfinges que guardam a entrada que conduz a está sala pequena. Outra vez aparecem as cenas religiosas e das oferendas. Ao passar pela pequena sala chega-se a um vestíbulo cujas paredes estão entalhados com relevos mostrando cenas de oferendas. Este último vestíbulo conduz ao santuário no centro e a duas capelas laterais sem decorações. O Santuário é um quarto pequeno com um altar no centro e inclui quatro estátuas que representam os quatro deuses principais do templo ( da direita à esquerda) Rá-hor-akhty, o rei Ramsés II (divinizado), Amón, e Petah. É curioso mencionar que o sítio deste templo foi escolhido perfeitamente com grande precisão para permitir a entrada dos raios do sol ao santuário duas vezes por ano, a primeira em 22 Fevereiro e a segunda em 22 Outubro.



TEMPLO DE ABU SIMBEL
Um dia todo dedicado a visitar o Templo construído a mando do faraó Ramsés II, no século XIII a.C. Abu Simbel é um complexo arqueológico egípcio que se situava próximo ao lago Nasser. Com os riscos de inundação dos templos, nos anos 1960 a UNESCO deslocou os monumentos, fazendo com que as bases da montanha do local fossem cortadas e transportadas para o cume, evitando o alagamento das obras. Quando Ramsés II ordenou a construção de Abu Simbel, queria deixar claro às demais sociedades antigas a superioridade do Egito e ofuscar os conflitos gerados após a imposição do antecessor faraó Akhenaton de cultuar apenas o deus Aton – dando origem ao monoteísmo. Ramsés II queria dedicar os dois templos construídos no complexo a si mesmo e a sua esposa favorita, Nefertari. No maior dos templos, há uma fachada de 33 m de altura por 38m de largura, com quatro estátuas de vinte metros cada que representam a figura do faraó.
320 km de Assuã, na remota região da Núbia e em plena fronteira com o Sudão está a  mais caprichosa construção de todo o país, datado do século XIII a.C. São dois templos cuidadosamente escavados na rocha, um dedicado à si próprio, em que Ramsés considerou-se como um deus e o outro dedicado a sua esposa preferida, a rainha Nefertari.
A construção do templo foi um desafio para os arquitetos da época, que além da difícil construção e dos riquíssimos detalhes, o templo contava com um fator inovador e intrigante: dois dias no ano, em 21 de março e em 21 de setembro, as 5 horas e 58 minutos da tarde, um raio de sol atravessava os 65 metros que separavam o santuário no fundo do templo da porta principal e inundava de luz o coração do deus Amon-Rá (deus do sol), sem jamais tocar a deusa Ptah, a deusa da obscuridade. 
Ainda mais desafiador foi para os arqueólogos atuais, que fizeram o transporte do templo para um lugar mais alto após a construção da barragem de Assuã e da consequente formação do Lago Nasser, que inundaria todas as imediações.



O DESAFIO QUE PASSAMOS
PARA CHEGAR ATÉ O TEMPLO
A região, inóspita e insegura, obriga os passeios até Abu Simbel feitos por terra através de comboio ou por avião, ambos saindo de Assuã. Os comboios saem em dois horários: as 4 e às 10 da manhã e são escoltados por policiais. A viagem dura 3 1/2  horas cada trecho e oferece paisagens interessantes do deserto local, inclusive, as tão enigmáticas miragens. Dizem que os Beduínos super armados até os dentes podem se manifestar e por isso seguimos caminho com muitos policiais. Eles não surgiram mas pudemos passar horas vendo o grande deserto. O Templo é enorme, e na volta da caminhada, um bom café ou sorvete, ou suco o que for, em um espaço super simpático nos espera.
De avião a viagem dura pouco menos de 1 hora. Gasta menos tempo no trajeto, mas não tem acesso às miragens do deserto.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

O MUNDO DE HORUS






Cidade importante no sul do Egipto, entre Luxor e Assuã. Foi a capital do segundo nomo do Alto-Egipto. O nome atual é derivado da palavra egípcia antiga gb3 que logo se transformou a deb3 e teb3 que mais tarde na língua Copta por etbw e etfw e afinal pronunciado em árabe Edfw. A cidade de Edfu assumiu grande papel em todas as épocas da Historia Egípcia Antiga. A posição estratégica como paragem imponente situada na rota das caravanas antigas que une o vale do Nilo e as minas do deserto, foi um grande centro comercial e cultural no sul do Egito. Foi a sede do culto de Horús de Pehedt, conhecida como a cidade do Horús. Na época greco-romana, como "Apollnopolis Magna" a grande cidade de Apollo, quando o deus falcão Hórus foi igualado pelos gregos com o deus Apollo.
Aqui os antigos egípcios davam um festival anual chamado "Festival da Vitória do Filho", comemorando o triunfo de Hórus na batalha final contra o seu tio Set. Festival luxuoso na área do lago sagrado, debaixo das casas da vila ao este do templo. Conforme os acontecimentos da lenda de Osíris e Set, a guerra entre o sobrinho e seu tio que matou o seu irmão usurpando o trono do Egito, continuou décadas, e depois de combates arduos, a última batalha deu lugar em Edfu.


Havia outro festival popular, "A União Divina " celebrado no terceiro mês do verão quando a imagem ou a estátua da deusa Hathor embarcada de Dendera numa procissão, era acompanhada por grandes cerimônias navegando no rio para sul com destino a Edfu. Enquanto a proccissão do deus Flacão Hórus navegava para o sul. No meio do caminho navegavam juntas com destino a Edfu. Quando a tarde chegava, no momento do nascimento da lua, o casal divino era colocado numa barca sagrada carregados nos ombros dos sacerdotes carecas, e entravam no templo de Hórus, visitando algumas salas e quartos e provavelmente ficavam no santuário por certo tempo. Hathor regressava ao seu templo em Dendera, 5 km a sul da cidade de Quena. Tudo acompanhado por música, canções, bailado, e sacrifícios.
O TEMPLO DE EDFU é fascinante, chamado também de templo de Hórus. Um dos mais conservados e belos templos no Egito. Situa-se na margem oeste do Nilo. Construído de pedra arenosa, possui cenas e inscrições em relevos. Remonta ao segundo período Intermediário além do tempo do Novo Reino. A estrutura atual data do Período Ptolomaico. As obras iniciaram-se por volta de 237 a C, no décimo ano do reinado de Ptolomeu III, e foram consumadas durante os reinados de Ptolomeu IV, PtolomeuVIII, e Ptolomeu XII e até ao ano 57 a. C. E, no reinado do imperador Augusto. Sob obras por cerca de 180 anos. Dedicado a tríade da cidade Horus de Pehdet, Hathor, e Hor Sama-twai, pãe, esposa e filho consecutivamente. O templo possui outros elementos arquitetônicos que surgiram na Època Greco-romana como o Mamisi (casa do nascimento divino de Hórus), a cripta, e o nilmétro.
O Mamisi está localizado ao lado esquerdo do templo, e no fundo um santuário. Todas as paredes do mamisi estão cobertas com relevos que ilustram a história de nascimento, mamadura e fases da infância de Hórus.
As duas torres do primeiro pilono estão decoradas de cenas que ilustram o rei Ptolomeu VIII subjugando os inimigos ajoelhados em submissão. Em cima do rei se encontra uma série de relevos que representa o rei rezando e fazendo oferendas a diversas divindades sobretudo Hórus, Hathor e Hor-Sma-tway, Osíris e Ísis. Acima da entrada, o disco solar alado, sinal tradicional de proteção do templo egípcio. A entrada do templo, ladeada de duas estátuas do deus Falcão Horus feitas de granito cinzento protegendo o rei Ptolomeu. O pátio está rodeado por três lados, de 32 colunas, ornamentados com relevos, cujos capitéis são compostos de vários elementos vegetais, papiros, lótus, etc.
Por dentro, podemos ver os relevos que ilustram a chegada e a partida da procissão divina de Horus e Hathor como uma parte do festival da "União Divina". No fundo do pátio, dois falcões de granito cinzento que guardam o portal de uma colunata. Os relevos do pátio ainda mantêm vestígios de cores em alguns lugares ilustrando o rei ora rezando adiante diversas divindades ora fazendo oferendas tendo em conta que este pátio foi conhecido como o pátio das oferendas.
A colunata é uma sala hipóstila com 18 colunas de capitéis compostos. O teto tornou-se preto devido a fumaça feita pelos primeiros cristãos que vivendo no templo transformaram-no em igreja, um fenômeno comum na maioria do templos do Egito. Ao lado direito da colunata encontra-se um quarto pequeno conhecido como a biblioteca do templo, pois se acredita que grande número de rolos de papiros com temas científicos e administrativos do templo foram abrigados nesse quarto. Através de uma entrada se pode chegar a outra sala menos em termos de tamanho e com 12 colunas de capitéis compostos.
Os relevos desta sala são impressionantes, com as cenas simbólicas conhecidas como "os rituais da fundação do templo" que ilustram o rei adiante de Hórus dedicando-lhe um templo, gravando a fundação com cinzel no chão, ou medindo os tamanhos do templo com a ajuda da deusa Sechat, Deusa da escritura. E a colocação da primeira pedra do templo pelo rei, e depois se pode ver a forma do templo dentro de um cartucho dedicado pelo rei ao deus Hórus. Esta sala conduz a dois vestíbulos consecutivos. O primeiro contém umas escadas que conduzem ao telhado do templo onde antigamente havia uma capela da deusa Hathor. O santuário está localizado no fundo do eixo do templo.


O santuário contém um sacrário belo de granito polido e cinzento onde se abrigava uma imagem do deus Hórus. No centro do santuário, encontra-se um pedestal de granito em que a barca sagrada de Hórus repousava. Foi dedicado ao repouso da imagem do deus conforme o ritual do serviço diário nos templos egípcios antigos. O santuário está rodeado de 12 quartos cujas paredes estão revestidas de diversas cenas religiosas.
No corredor, ao lado direito encontra-se um Nilômetro, um elemento que surgiu em todos os templos egípcios da Época Greco-romana. É um túnel acesso por umas escadas e ligado com águas do Nilo onde os sacerdotes conseguiam profetizar a altura das cheia anual baseado em medições e cálculos frequentes. No meio da parede exterior do corredor encontra-se o plano do templo, uma maqueta entalhado na parede que ilustra todos os elementos do templo de Hórus. Ao lado esquerdo uma série de cenas que representa o conflito entre Set fingido em forma de hipopótamo e o sobrinho Hórus que tenta de caçá-lo com uma lança e um cordel. Esses relevos contam uns detalhes da última batalha que deu lugar no Nilo, na região de Edfu e termina pela vitória de Hórus.

A PARTIDA DO BARCO MOVENPICK...





A partida aconteceu às 12h30min do dia 24 como o previsto, e a navegação continua como se estivesse flutuando sob um tapete encantado. Nota-se a alegria dos egípcios que trabalham no barco, só homens. Afinal eles estão ali dentro para isso: navegar é preciso. A temperatura hoje varia de 43 a 47 graus no exterior. Não se sente o balanço do barco em nenhum momento e podemos calmamente observar nas duas margens do rio, as pequenas cidades ou vilas com suas crianças nadando no Nilo tranquilamente. Ou as mulheres de cabeça coberta lavando suas roupas como antigamente batendo na pedra. Muitos dão adeus em nossa passagem. Observei algumas casas bem coloridas o que não é comum no Cairo ou Luxor já que eles mantêm a cor bege tradicional. Muito bom ouvir outras línguas de passageiros de vários países reunidos no mesmo espaço.
Durante o almoço sempre servido a partir das 13h00min ouvi a gritaria que eu estava esperando acontecer. Das Felucas (com os barqueiros com a típica embarcação com velas), e suas butiques aquáticas. É o início da negociação típica da África. Os barqueiros com seus barcos muito pequenos, amarrados em alguma parte do grande barco, jogam os Galabeya (ou jalabeya, ou jalabás) para dentro do barco, e se a pessoa gosta da roupa, começa a negociar. Até chegar ao preço que seja bom para ambos. Aceitam qualquer dinheiro. Até nosso Real, acreditem. Algumas vezes ao jogar, as roupas caem dentro da água e a animação e gritos ganham ritmo enquanto os barqueiros vão se equilibrando nas ondas que vão se formando. É a festança geral.



Depois o barco segue seu rumo com boa programação festiva, uma vez que a lotação correspondeu a expectativa. Se alguém esperava ver algum jacaré do Nilo, enganou-se. Ficou nos reinos do passado. Vemos muitas plantas, folhas, e lógico, também as garrafas de plástico que jogam dos navios.
A correria para o terraço do Barco acontece no momento da Edusa de Esna, a comporta. O Nilo deságua na Alexandria e começa o processo desde o sul do Egito. O barco, quando vai de Luxor para Aswan passa pela comporta. O nível da água do outro lado da comporta é maior e o barco espera completar e sobe. Dando o nível, segue viagem. Na volta o barco desce. Tudo é folia.
No terraço do barco ou através das janelas de vidro, vemos as formações de dunas de areia sobre as pedras como mini pirâmides que eles chamam de Telechain. Entre as muitas vilas que avistamos, de um dos lados da margem. Do outro lado, vemos o trem passando paralelo aos carros na pequena estrada que dá para ver de longe. A comunicação entre os dois lados é feita de bote.



Os bois e crianças se refrescam nas águas do Nilo com muita vegetação, pelo menos nas margens. É o oásis no deserto de areia. Os barcos Cruzeiros passam no Nilo de um lado para o outro, com as moçoilas desfilando seus biquínis ao sol para os olhos surpresos dos egípcios acostumados com a tradição deles. Durante todos os dias o barco passa por minuciosa limpeza e seus carpetes são lavados. Nos quartos, após limpeza, eles brincam fazendo decorações com toalhas e objetos que encontrarem. Muito graciosa as criações dos 70 homens que trabalham no Cruzeiro.




Às 18h30min começa a escurecer e a cor do sol é indescritível quando ele dá seu adeus, beijando as águas do Nilo. De um vermelho cor de fogo, lembrando tantos filmes que já assistimos e deixaram saudades. É coisa de cinema mesmo. Os pássaros voam de volta aos seus ninhos para adormeceram na despedida do fogo que iluminou o entardecer.


Hoje, a noite comoeles chamam das fantasias, onde todos vestem seus Galabeya e se sentem no clima...



RESPEITANDO A REALIDADE DE UM POVO:





De um país, da tradição que rege a sua história. E venho aprendendo pelas longas viagens da vida em cada espaço que tive a oportunidade de pisar. Nunca olhei com os olhos de fora. Sempre tentando com os olhos de dentro tive a chance de vivenciar seus costumes, aprender e acima de qualquer coisa a respeitar..... 

CONHECENDO O REAL DE UM POVO ATRAVÉS DA OPERADORA LINK TOURS:  Cada país tem seus costumes, tipo de vida, dificuldades ou não, tempo seco ou inverno insuportável, paisagens lindas, sujeira pelas ruas, casas inacabadas, enfim, na memória de cada cidadão, ele sabe o que deve ser feito ou não para melhorar sua condição de vida. Quando viajamos de um país ao outro, temos o dever de aprender cada minuto com a porta aberta que estão nos oferecendo, porque cada passo representa o degrau de uma escola. Julgar os costumes de um povo é falta de educação, porque faz parte da tradição deles. Não devemos julgar ninguém como não gostamos que julguem nosso país....
Uma das coisas que me prendeu ao trabalho da Operadora Link Tours, foi viajar ao Egito pela primeira vez ao lado do coordenador do grupo L. T.de São Paulo, e ter a chance de conhecer bem de perto os costumes do povo, ouvir as recomendações corretas para não chocar ninguém, e saber como entrar na realidade do melhor que eles podem oferecer. Dos palácios as tendas de especiarias, das Mesquitas ao bazar com milhares de novidades, dos hotéis tradicionais aos históricos, enfim, todos os pólos. Ele, o Mohamed é egípcio, e também coordena a Link em outras partes do mundo. Em nenhum momento falou algo que viesse a desmerecer o comportamento ou modo de vida dos brasileiros que viajam com sua agência. E tenho certeza teve motivos de sobra para isso. A atenção que ele e seu grupo vem me oferecendo, me motivou a vestir a camisa da Link e estar de volta mais uma vez sob a sua coordenação no Egito que aprendi a amar cada vez mais..
Conhecer os egípcios divididos em várias partes do imenso país tem sido uma dádiva. Um mundo às vezes de contos-de-fada, de onde tive a honra de reencontrar com vários companheiros do astral; redescobrir com os muçulmanos meu forte lado cristão que na verdade nunca perdi; respeitar as mulheres de cabeça coberta por opção e tradição; saber os porquês de não terminarem de cobrir suas casas pelos altos impostos, e até os papéis e lixo que invadem as ruas e calçadas do Cairo.
Eu tenho muito é que agradecer ter chegado até aqui, e espero poder voltar e trazer mais pessoas para vivenciar todos esses pólos de uma pirâmide a outra, poder navegar pelas águas sagradas do Nilo, saudar as milhares de tumbas de faraós e santos que ocupam essa terra misteriosa que saúdo com o maior respeito...
Foi assim que deixei o Cairo e estamos navegando pelo rio Nilo no barco Movenpick a caminho de novos templos, tradições, muita história ainda pra contar. Até ao final do mês, por aqui - Egito - segue a nossa jornada.
O mês do Ramadan me ajudou a compreender a fé desse povo que está seguindo a risca o regime exigido cumprindo abaixo de um sol de 47 graus sem beber água, sem comer, durante um período de 14 horas. E, mesmo pelo lado do sacrifício se formos analisar, eles demonstram que se passam por dificuldades nos primeiros três dias, com certeza o chegar ao final do mês é o respeito ao que o Ramadan representa.
Nas fotos que vou tirando pelas ruas, um pouco apenas desse povo lutador de séculos de histórias pra contar...


segunda-feira, 23 de julho de 2012

LUXOR DOS FARAÓS






Cidade dos Palácios, ou antiga Tebas, é a mesma coisa. É comum no Egito mudar as palavras, os nomes. Até o nome real de Ramsés que era Ra-Mehi foi mudado.
Cidade do sul do Egito, capital da província de mesmo nome. Sua população é de 1 milhão de habitantes, e sua área, de 416 km². A Luxor moderna cresceu a partir das ruínas de Tebas, antiga capital do Império Novo (1550-1069 a.C.) e situa-se a 670 km ao sul do Cairo. 
A sua riqueza, tanto arquitetônica como cultural, fazem dela a cidade mais monumental das que albergam vestígios da antiga civilização egípcia. Aqui, estão 30% dos monumentos do mundo.



Os traços e sotaques do povo são diferentes. O alto Egito é difícil pela natureza e tradições e ainda existe uma vingança forte no povo. Aceitam apenas o que eles pensam em geral. Como tem também pessoas humildes e queridas. É a terra mais quente do país, como ABU SIMBEL com 41 a 42 graus.
É uma cidade agrícola de terra preta. Depois da barragem de Aswan, os agricultores são obrigados a usar produtos químicos. A força está na cana-de açúcar.
O Nilo separa Luxor em duas partes: a MARGEM ORIENTAL, outrora consagrada aos vivos; encontramos os vestígios dos mais importantes templos consagrados aos deuses da ,itologia egípcia; na MARGEM OCIDENTAL, consagrada aos mortos, se localizam algumas das mais importantes necrópoles do antigo Egito. Onde foram feitos alguns dos achados arqueológicos mais significativos da antiga civilização, como o túmulo de Tutankhamon, descoberto em 1922 pelo arqueólogo e egiptólogo inglês Howard Carter.




Na margem Oriental, temos o TEMPLO DE KARNAC, o maior dos templos do antigo  EGITO, dedicado à tríade tebana divina de AMON MUT, MUT e KHONSHU, e sucessivamente ampliado pelos diversos faraós; mais de mil anos a construir. São vários templos fundidos num só. Destaque para a Grande SALA HIPOSTILA, com seu teto suportado por 134 enormes colunas, ainda existentes, e consideradas as maiores do mundo.

O TEMPLO DE LUXOR, iniciou na época de AMENHOTEP III e só terminou no período muçulmano. Único monumento do mundo que contém em si mesmo documentos das épocas faraônica, greco-romana, copta e islâmica, com nichos e afrescos coptas e até uma Mesquita (Abu al-Haggag). O MUSEU DE LUXOR, possui importante coleção de todas as épocas do EGITO ANTIGO. Uma sala aberta recentemente contém as últimas descobertas arqueológicas do Templo de Luxor.
Na margem Ocidental encontra-se o VALE DOS REIS, principal necrópole real do IMPÉRIO NOVO do antigo Egito; possui 62 túmulos dos faraós desse período e também os túmulos dos faraós TUTANKAMON, RAMSÉSIX, SETI I, RAMSÉS VI e o de HOREMHEB. 
Ainda hoje se continuam a retirar jóias dos túmulos dos filhos de RAMSÉS II. Os túmulos aí existentes designam-se pelas siglas KV (Kings Valley, em português vale dos reis) seguidas de um número, sendo este atribuído consoante a ordem cronológica da descoberta de cada túmulo. No total existem 62 túmulos, sendo o mais importante precisamente o número 62, o do FARAÓ TUTANKHAMON, mais pelo espólio do achado do que porventura a importância do faraó. Em 1994 os arqueólogos começaram a escavar o túmulo KV5, considerado pouco importante até então. Encontrou-se o maior e mais complexo túmulo do Vale dos Reis. Julga-se ter encontrado o túmulo dos 52 filhos de RAMSÉS II. 
Até agora foram descobertos uma sala com 16 colunas, vários corredores e mais de 100 câmaras. Apesar de não terem sido encontrados tesouros, foram recuperados do entulho milhares de artefatos. Os trabalhos arqueológicos, prolongar-se-ão por vários anos antes de se abrir o túmulo ao público.
No VALE DAS RAINHAS, se destacam os túmulos do Príncipe  AMENKHEPCHEF, da Raínha TI e o da Raínha NEFERTARI, esposa do Faraó RAMSÉS II, aberto ao público em 1995. Proibida a entrada neste túmulo ao público para conservação dos HIERÓGLIFOS restaurados. Este túmulo dispõe de alguns dos mais bem conservados e coloridos hieróglifos egípcios.


O TEMPLO MORTUÁRIO DA RAINHA HATSHEPSHUT, foi projetado e construído por SENENMUT, arquiteto da Rainha (18A. DINASTIA) que governou como um autêntico faraó, considerada a 1ª mulher chefe do Governo na História. Este templo foi talhado parcialmente na rocha, e a visão do mesmo funde-se na grandeza da encosta calcária que lhe serve de apoio. Alterado por RAMSÉS II e pelos seus sucessores, e mais tarde os cristãos transformaram-no num mosteiro (daí o nome DEIR AL-BAHRI, que significa "Mosteiro do Norte"). 
Próximo ao templo principal, as ruínas do Templo de MENTUHOTEP II, Faraó da 11a. Dinastia que unificou o Egito, e o Templo de TUTMÓSIS III, sucessor da Rainha Hatshepsut.
O VALE DOS NOBRES, contém vários túmulos, as paredes destes túmulos estão decoradas com cenas da vida quotidiana. As mais famosas são as dos túmulos de RAMOSE, de NAJT e de MENA. O TEMPLO DE MEDINET HABU, tal como o Templo de Karnak, este Templo é compreendido por vários outros templos, a começar pelo  RAMSÉS III.




BARCO MOVENPICK M/S ROYAL LILY
Hotel 5 estrelas flutuante.Tem tudo, programas, visitas culturais, animação, shows. Etc. sem tem muitas pessoas a bordo. Fica claro que os egípcios na bebem álcool ou comem carne de porco. Isso é para os turistas. E a quantidade de shows depende do número de passageiros a bordo que neste período de muito calor e revoluções está escasso.
Existem apenas homens trabalhando nos barcos, mantendo a tradição. A comida é excelente e os garçons vem de muitos países, portanto, falam qualquer língua e todos se entendem. E são sempre muito simpáticos e solícitos.
Existem 280 barcos estrelas.




domingo, 22 de julho de 2012

Encontro com Nossa Senhora.....



MARIA SANTÍSSIMA EM ZEITOUN - EGITO 
O Senhor Jesus Cristo nasceu em Belém na Palestina, e após a vinda dos sábios do Oriente para ver Jesus e da sua partida, um anjo do Senhor apareceu a José em sonho, dizendo: "Levanta-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egito, e permanecer lá até que eu te avise;. porque Herodes vai procurar o menino para o matar". Quando ele se levantou, tomou o menino e sua mãe, de noite e partiu para o Egito. "Mateus 2:13-14.... "Do Egito chamei meu filho" (Oséias 11:1 - RSV).... "O fardo do Egito: Eis que o SENHOR vem cavalgando numa nuvem passageira, e virá ao Egito. E os ídolos do Egito estremecerão diante dele, e o coração dos egípcios se derreterá no meio dela." (Isaías 19:1 - RA)..... "Naquele dia haverá um altar ao Senhor no meio da terra do Egito, e um pilar na fronteira da mesma ao Senhor."(Isaías 19:19 - RA).... "Bendito seja o Egito, meu povo" (Isaías 19:25 - RA).....
Em 1967, a comunidade internacional receava que o primeiro-ministro Gamal Abdal Nasser, com poder absoluto como primeiro-ministro da União Socialista Árabe (como o Egito era chamado), se unisse a temível União Soviética. A ameaça soviética continuava espalhando seus erros pelo mundo, conforme predissera a Santíssima Virgem em Fátima, e exercendo com êxito seu objetivo de domínio do planeta sob a farsa denominada comunismo. Através de muita propaganda, seu apelo insistente era  reorganizar a unidade árabe e, em suas denúncias, a exigência da total extinção de Israel. Entre 1962 a 1967 esse apelo dominou a política do Oriente Médio.
Depois da guerra de 1967 com Israel, Nasser recebeu ajuda militar e econômica da União Soviética. O Ocidente estava super preocupado com esta ligação e essa era a situação política.
No Cairo, há um subúrbio chamado Zeitoun (Zeitun, também El-Zeitoun), que conforme a tradição cristã teria sido o local onde a Sagrada Família (José, Maria e o recém-nascido Jesus) fugira para escapar das tentativas de Herodes que ordenara matar o pequeno Messias. Egito. No passado houve ali um santuário que fora reconstruído várias vezes em honra de Santa Maria. Era considerado como o local onde a Sagrada Família encontrara abrigo. Em 1925, um membro da família Khalil teve a revelação de que a Mãe de Deus apareceria durante um ano naquele lugar. A família doou o terreno e a nova igreja copta de Santa Maria foi construída novamente.



O tempo passou e, no dia 2 de abril de 1968, dois mecânicos que trabalhavam em uma oficina de automóveis, localizada do lado da igreja levaram o maior susto. Um deles, olhando ao acaso, ficou perplexo ao ver uma “freira” vestida de branco, de pé sobre a cúpula da igreja.  A Virgem apareceu em intervalos até 1970, em geral deixando atônitas as milhares de pessoas que se reuniam para vê-la em 1968. Deduzindo que a freira fosse pular, correram para chamar o padre e a polícia. Quando chegou a rádio-patrulha uma multidão já estava formada no local. Muitos gritavam para a freira não pular. No entanto, as pessoas começaram a perceber o esplendor translúcido daquela religiosa. Em meio a gritos de espanto, a freira começou a desaparecer, até sumir diante dos olhos de todos. A figura luminosa foi vista sete dias depois, em cima da igreja de Santa Maria. A Virgem continuou a aparecer em intervalos até 1970, em geral deixando atônitas as cerca de 250 mil pessoas que se reuniam para vê-la. A chegada da Santíssima Virgem era anunciada por luzes misteriosas.
O CRISTIANISMO NO EGITO - Hoje os cristãos no Egito são entre 15 a 20% da população, mas as autoridades "preferem" dizer que são apenas 10%. Como o total da população é superior a 81 milhões...




A Sagrada Família passou com certeza por Matareia e dizem que se abrigou debaixo de uma árvore que ainda existe por lá. Só que, o que se vê hoje, é um rebento da antiga que se vê deitada. Outro fato, é que junto a este sitio há uma rua em que não se pode fazer pão porque não fermenta. É um fato. A lenda diz que foi Nossa Senhora que amaldiçoou os habitantes que não quiseram ajudá-la quando esmolou um pedaço de pão. Além de não dar, ainda jogaram o pão na rua. E todos os tipos de pão e padaria não consegue fermentar desde este dia, pois a Virgem Maria visitou pela primeira vez naquele lugar com a Santa Familiares de 2000 anos atrás e eles recusaram dar o ​​pão e preferiram jogaram fora. Este é um milagre permanente que qualquer pessoa pode testemunhar até o dia de hoje. O fermento de pão normalmente em todas as ruas circundantes não cresce....
A igreja foi construída no sec. IV por cima de uma gruta onde dizem que a Sagrada Família se abrigou. Nem todas as paredes e telhado são desse tempo, e o desnível da entrada é onde hoje é a rua. A maior parte do Cairo Velho onde se encontram a maior parte das igrejas mais antigas tem essa diferença. A entrada para as ruínas da capela ainda mais antiga foi construída na tal gruta onde dizem se abrigou a Sagrada Família.  Estas igrejas antigas são muito simples, não estão cheias de arte e ouro como estamos habituados a ver na Europa, embora em algumas ainda se vejam vestígios de pinturas nas paredes ou colunas. 




De acordo com a Escritura, Jesus Cristo viveu na Palestina, e o único outro país, que viajou (como uma criança) foi para o Egito. A Sagrada Família, durante a sua permanência no Egito, que durou cerca de três anos e meio, passou por muitas cidades do Egito Superior e Inferior. Muitos dos detalhes da viagem da Sagrada Família no Egito são narradas em um manuscrito pelo Papa Teófilo, 23 Patriarca de Alexandria (384-412 AD), que recebeu estas informações durante uma aparição da Santa Virgem Maria. Outras fontes de informação incluem notas de escritores do 2º.  e 3º. século entre os gregos e judeus, filósofos ou historiadores.
Muitas igrejas e mosteiros foram construídos nos locais que foram abençoados com a visita de nosso Senhor Jesus Cristo, da Santa Virgem Maria e São José, o carpinteiro. Muitos milagres ocorreram nesses locais durante a visita da Sagrada Família de 2000 anos atrás (e continuam a ocorrer até hoje). Esta copta, igreja, é consideradas a mais antiga e a mais santa de todas as igrejas da cristandade.
Entre os lugares visitados pela Sagrada Família está em Zeitun, no Cairo, onde a Santíssima Virgem Maria apareceu também em 1968, e Assiut, no Alto Egito, onde Ela apareceu novamente em 2000.




E foi assim que cheguei nessa pequena rua em el-Matarya distrito de Cairo (Eid Street / Shek El-Te'eban Street),  e só vindo para ver ou sentir o que eu vivi naquele local. Eu e muitas pessoas do mundo todo... é indescritível, em pleno Ramadan, ser saudada na porta por velhos padres cristãos, eram oito exatamente e todos me cumprimentaram com aperto de mão.
De acordo com milhares de testemunhas, a Virgem Maria apareceu em diferentes formas ao longo do copta Ortodoxo da Igreja Virgem Maria em Zeitun por um período de 2-3 anos, com início em 2 de abril de 1968. As aparições duraram desde alguns minutos até várias horas cada, e foram algumas vezes acompanhada por uma pomba em forma de corpos luminosos. Visto por milhões de egípcios e estrangeiros, incluindo os coptas, ortodoxos e outros católicos romanos, protestantes, muçulmanos, judeus e pessoas de qualquer fé particular. Os doentes e cegos foram curados, e muitas pessoas se converteram ao cristianismo como resultado.
O clima entre as ruelas bem pequenas vai ficando mais intenso ao descer a pequena escada e entrar na igrejinha de uma força descomunal. Período de Ramadan, as rezas eram fortes, o insenso dominava e quando vi eu estava em prantos e não conseguia parar. Não só eu, mas muitos ao meu lado.
Em um local especial pudemos vivenciar onde Maria banhou seu filho e lavou suas roupas. Impossível não se emocionar com toda aquela energia presente.

sábado, 21 de julho de 2012

O EGITO QUE EU CONHEÇO....






O Egito (em egípcio: Kemet ou "terra negra" (de kem, "negro"), advém do solo fértil negro depositado pelas cheias do Nilo, distinto da "terra vermelha" do deserto; o nome árabe moderno e oficial para o país é de origem semita, diretamente relacionado com outros termos semíticos para o Egito, como o hebraico (Mizraim).). Nome oficial: República Árabe do Egito, um país do norte da África incluindo a península do Sinai, na Ásia, o que o torna um estado transcontinental. Uma área de cerca de 1 001 450 km². O Egito limita a oeste com a Líbia, a sul com o Sudão e a leste com a Faixa de Gaza e Israel. O litoral norte é banhado pelo mar Mediterrâneo e o litoral oriental pelo mar Vermelho. A península do Sinai é banhada pelos golfos de Suez e de Acaba.
Sua capital é a cidade do Cairo. 
Um dos países mais populosos de África. A grande maioria da população vive nas margens do rio Nilo, praticamente a única área não desértica do país, com cerca de 40 000 kmª. Da Líbia, a oeste, o Arábico ou Oriental, a leste, ambos parte do Saara,  e Sinai, têm pouca população. Metade da população egípcia vive nos centros urbanos, em especial no Cairo, em Alexandria e nas grandes cidades do Delta do Nilo, de maior densidade demográfica. 
País conhecido pela sua antiga civilização e por alguns dos monumentos mais famosos do mundo, como as pirâmides e a Grande Esfinge de Gize. Ao sul, a cidade de Luxor abriga diversos sítios antigos, como o Templo de Karnak e o Vale dos Reis. O Egito é reconhecido como um país política e culturalmente importante do Médio Oriente e do Norte de África. 
O termo português para "Egito" deriva do grego antigo Αίγυπτος (Aígyptos), por meio do latim Aegyptus. A forma grega advém do egípcio Ha-K-Phtah, "morada de  Ptá", denominação de Mênfis, capital do Antigo Império.
Houve ocupação humana no Vale do Nilo desde o paleolítico. Ver artefatos e  petroglifos em formações rochosas ao longo do rio e nos oásia. No 10o. milênio a. C., caçadores e pescadores substituiu os de moagem de grãos. Em 8000 a. C., o abuso de pastagens formou o Saara. Por volta de 6000 a.C. a agricultura organizada mais a construção de grandes edifícios, fez surgir crescimento no Vale do Nilo. 
A cultura Badariana e a sua sucessora, a Nagada, são consideradas as precursoras da civilização egípcia dinástica. O sítio mais antigo conhecido no Baixo Egito,  Merimda, antecede os badarienses em cerca de 700 anos. As primeiras inscrições  hieróglificas egípcias apareceram no período pré-dinástico, em artefatos de cerâmica de Nagada III datados de cerca de 3 200 a.C.
De 3 150 a.C., o rei Menes unificou o reino e estabeleceu a primeira de uma seqüência de dinastias que governaria o Egito pelos três milênios seguintes. Os egípcios passaram a referir-se a seu país unificado com o termo tawy, "duas terras" e, em seguida, kemet (kīmi, em copta), "terra negra". A cultura floresceu e manteve traços distintos na religião, arte, língua e costumes. Às duas primeiras dinastias do Egito unificado seguiram-se o período do Antigo Império.
Teve distúrbios durante 150 anos, mas as cheias do Nilo e a estabilização do governo trouxeram prosperidade ao país no Médio Império (2 040 a.C.), que atingiu o zênite durante o reinado do faraó Amenemhat III.
A desunião veio com a primeira dinastia estrangeira - - dos hicsos -, a governar o Egito. Tomaram parte do Baixo Egito por volta de 1.650 a.C. e fundaram uma nova capital, em Aváris. Expulsos por uma força do Alto Egito chefiada por Amósis I, quem fundou a XVIII Dinastia e transferiu a capital de Mênfis para Tebas.
O Novo Império (c. 1 550-1 070 a.C.) marcou a ascensão do Egito como potência internacional, se expandiu para o sul até Jebel Barkal, na Núbia. Os Faraós mais conhecidos pertencem a este período, como Ramsdés I, II, III, Akhenaton e sua mulher Nefertiti, Tutankhamon.
O país foi invadido por líbios, núbios e assírios, mas terminou por expulsá-los a todos. O cristianismo foi trazido ao Egito por São Marcos no primeiro séulo da era cristã. Diocleciano marcou a transição entre os Impérrios Romano e Bizantino no país, quando um grande número de cristãos foi perseguido.
O N.T. foi traduzido para a língua egípcia, e após o Concílio de Calcedônia em 451, uma Igreja Copta Egípcia foi estabelecida.
Os bizantinos recuperaram o país após invasão persa no início do século VII, mantendo-o até 639, quando o Egito foi tomado pelos árabes muçulmanos sunitas. Os egípcios começaram a misturar a sua nova fé com crenças e práticas locais que sobreviveram através do cristianismo copta, o que deu origem a diversas ordens sufistas que existem até hoje. Os governantes muçulmanos eram nomeados pelo  Califado islâmico e mantiveram o controle do país por seis séculos, inclusive no período em que o Egito foi a sede do Califado fatimida. 
Com o fim da dinastia aiúbida, a casta militar turco-circassiana dos mamelucos, tomou o poder em 1250 e continuou a governar até mesmo após a conquista do Egito pelos turcos otomanos em 1517, seguido por seu neto e sucessor, Ismail Paxá.
Entre 1882 e 1906, os nacionalistas queriam independência. O Dinshaway (soldados britânicos abriram fogo contra um grupo de egípcios) levou a oposição egípcia a adotar uma posição mais forte contra a ocupação do país pelo Reino Unido. 
Em 8 de março de 1919, veio a revolta, e a independência, em 22 de fevereiro de 1922 A República do Egito foi proclamada em 18 ee Junho de 1953, pelo General Muhammad Naguib. Em 1954, Gamal Abdel Nasser, forçou Naguib a renunciar, colocando-o em prisão domiciliária. Nasser assumiu a presidência e declarou independência do Egito com relação ao Reino Unido, em 18 de Junho de 1956, com a retirada das tropas britânicas. 
Em 26 de Julho daquele ano, nacionalizou o canal de Suez, deflagrando a chamada  Crise do Suez. Em 1973, o Egito com a Síria, deflagrou a "Guerra de Outubro" (ou Yom Kippur), ataque-surpresa contra as forças israelitas que ocupavam a península do Sinai e as colinas de Gola.
A histórica visita de Sadat a Israel, em 1977, levou ao tratado de paz de 1979, que estipulava a retirada israelita completa do Sinai. Sadat causou enorme controvérsia no mundo árabe e provocou a expulsão do Egito da Liga Árabe, embora fosse apoiada pela grande maioria dos egípcios.
Em 11 de fevereiro de 2011, Mubarak renunciou e fugiu do Cairo. O vice-presidente Omar Suleiman anunciou que Mubarak renunciou e que os militares egípcios assumiriam o controle dos assuntos do país no curto prazo. Um referendo constitucional foi realizado em 19 de março de 2011.
As inundações do rio Nilo foram o fundamento da economia do país durante milênios. Tal fenômeno foi alterado pela construção da represa de Asswan, que apesar de controverso, e ter causado deslocamento massivo, trouxe benefícios para a agricultura, permitiu o cultivo de novas culturas como algodão e cana-de-açucar, além de beneficiar as culturas tradicionais como trigo, arroz e milho.




De volta ao Cairo e seus mistérios....




Mais uma vez pela bela organização da Link Tours, entramos no Cairo (Egito), na terra dos faraós, das pirâmides e com seu enorme fascínio e cultura muito ricos. A entrada na cidade assusta um pouco pela quantidade de lixo nas ruas, mas é assim mesmo, um país na cor bege com muitas mudanças ou na mesma, e como estive por aqui em janeiro, alguns condomínios cresceram e outros a caminho. Com casas bem lindas. Os jardins que formam a saída do aeroporto são impecáveis, como as casas. Afinal, é uma zona militar. O transito, já sabemos, é o caos. Um caos organizado. Cairo é a mãe do mundo, constituída por casa modernas e favelas.
Entro aqui exatamente no dia que inicia o Ramadan que já falamos neste espaço e em todos os outros que escrevemos diariamente. Entendo o processo, mas sei que o regime não será fácil para eles, mesmo com muita fé e aos 40 graus de temperatura. Os habitantes dizem que preferem o mês de novembro, inverno suportável. Como sou nascida em Santos habituada ao sol, está tudo bem por aqui.
Muitos perguntam sobre os Beduínos ou os Núbios outra raça bem diferente, mas vivem entre eles. Os Beduínos ficam no deserto a 50 kms do Cairo, e um sheik organiza a vida deles. Tive a chance de conhecer as diferenças, para nós, fascinante.
O Cairo tem 20 milhões de habitantes e hoje sexta feira para eles, os muçulmanos, tudo para. É como o domingo para nós. Eles não trabalham, e muita coisa fica sem função, mas sábado e domingo todo mundo na rua tipo dias comuns.



Mas estar por aqui, ao lado das pirâmides, uma das maravilhas do mundo, é saber que o Egito é uma verdadeira escola. Quéops, Gize, a importância da religião para os antigos egípcios, civilização que deixou marcas. As ruínas, a arquitetura, as esculturas, tudo é arte. E as pirâmides, a imagem da terra do Egito.
E tem a revolução de 2011; depois disso que a coisa ficou feia, e tomar cuidado nas compras é um dever. Os chineses e suas cópias também estão em massa por aqui. Entre o que é falso ou verdadeiro é estar sempre ao lado de quem conhece. Ou vai levar o certo pelo duvidoso.
A pirâmide representa o túnel pra o outro mundo, para o além que sempre foi muito mais importante para os egípcios do que a vida material. Eles só se preocupavam com o outro mundo. Tudo é túmulo. Por isso fizeram suas construções longe dos olhos dos ladrões e eram enterrados nos desertos porque os corpos com a areia seca eram conservados e ficavam mais naturais. Depois veio a técnica MASTABA para conservar os corpos dos mortos. Abaixo do local, uns 30 mts de profundidade, para colocar o corpo do Faraó e com um poço de água abaixo para preservar o corpo.
Na 3ª. Dinastia, o Faraó Zoser pediu ao seu afilhado na época, sumo sacerdote, que importou areia com calcário para fazer as construções. Com o invento, fizeram um banco e mais 6 bancos com forma de escada e degraus, de onde surgiu a forma piramidal perfeita. Ninguém veio do céu ou outro espaço, foi mesmo cria de uma bela e perfeita arquitetura. E assim chegou Queops, Quefren e Miquerinos, e escolheram o planalto de Guize onde construíram as maravilhas perto do rio Nilo que antes tinha mais força e estava a disposição, porque hoje está diminuindo sua potência e se encontra bem longe das pirâmides por causa da barragem de Assuam e poluído pelos esgotos.
E tratem de visitar logo as pirâmides porque com a erosão, roubos, etc., está diminuindo de tamanho e ninguém toma providência nenhuma. A de Quéops já perdeu 10 mts. E os roubos são tantos que não é mais o mesmo material original..
Para essas construções, foram feitas enormes rampas para que os trabalhadores pudessem subir e construir as pirâmides. Uma obra feita não no sentido da escravidão e sacrifício como mostram os filmes, porque era uma obra feita a favor do Faraó, um Deus na terra para eles. Foi assim que eles subiram a rampa com os blocos de pedra pesando toneladas e o sistema uma em cima da outra, pelo vácuo do ar e água. A base quadrada e tudo mais, muito bem calculado. A câmara funerária é feito de granito e sabemos que devemos abaixar o corpo, como reverências se quiserem entrar. Para quem tem problema de respiração, pensar antes da aventura.
Mas o que houve de intrigas entre as preferidas dos Faraós, não foi pouco. Todas queriam que seu filho fosse o substituto do Faraó.



O divertido é que a Egiptologia é uma ciência nova, e com isso surgiram informações distorcidas sobre a real história. Mentem que dá gosto e não tem e mínima vergonha de contar absurdos que jamais aconteceram
Pelo amor de Deus ou do Faraó, construir o Museu da Barca Solar, ao pé de Quéops e de plástico super moderno, foi o maior caos já visto na terra. Além de ser horrível, tirou a beleza do cenário...
É comum sair da visitação entre as pirâmides e passar pelo colosso de Gize. Com a cabeça humana e as patas do leão. Mostra a força do animal e a sabedoria humana. Seria Ramsés II em forma de esfinge como outros Faraós eu tiveram sua esfinge como representação do poder que exerceram...