quarta-feira, 20 de outubro de 2010

RACISMO VINDO DO PRESIDENTE DA GUERLAIN PEGOU MAL NA FRANÇA: ELE TEVE QUE PEDIR DESCULPAS E FOI ACUSADO DE SENIL!!!

O presidente da famosa marca Guerlain, em recente entrevista, declarou: eu trabalhei como um nègre, eu não sei se os nègres sempre trabalharam muito, enfim… O célebre perfumista Jean-Paul Guerlain está envolvido em uma grande polêmica após ter dito em uma entrevista na televisão que trabalhou "como um crioulo" para criar sua última fragrância: "Uma vez, trabalhei como um crioulo. Não sei se alguma vez os crioulos trabalharam tanto assim", afirmou na sexta-feira passada em entrevista concedida ao principal canal de televisão público francês, France 2. Guerlain, considerado um dos homens mais ricos da França, utilizou a palavra "nègre", que tem um sentido depreciativo em francês, em lugar de "noir", mais neutra.

 
Audrey Pulvar, jornalista francesa, responde no seu blog: Nègre eu sou e nègre serei. E cita o grande poeta francês Aimé Césaire, originário da Martinique. Diante de um insulto racista, Césaire respondeu: Eh bien, le nègre, il t’emmerde.
 
Esta expressão poderia ser traduzida por ele te enche o saco. O negro responde ao branco racista: eu te encho o saco.
O escândalo chegou ao governo, cuja ministra da Economia, Christine Lagarde, considerou "patéticas" as palavras do perfumista. "Espero que seja algo senil e sem importância e que manifeste desculpas sinceras", afirmou a ministra à rádio RTL. Opssss!!!

As associações SOS Racisme e o Conselho Representativo das Associações Negras (CRAN) disseram que pensam em denunciá-lo. A SOS Racisme acredita que as denúncias "têm um valor pedagógico" para acabar com "os clichês impregnados de resquícios coloniais".
Atualmente, Guerlain, 73, não é funcionário nem acionista da marca que leva seu sobrenome, é apenas conselheiro para "tendências olfativas". Ele assumiu pessoalmente a responsabilidade do ato e pediu desculpas "a todos os que se sentiram ofendidos por estas palavras chocantes". "Minhas palavras não refletem de nenhuma forma meu pensamento íntimo, a não ser um equívoco inapropriado que eu lamento profundamente", afirmou.
Nem todos acreditaram na sinceridade das desculpas, pois, como lembra a SOS Racisme, Guerlain já manifestou ter opiniões xenófobas antes. Em 2002, quando ainda estava à frente de sua perfumaria, recebeu uma denúncia por trabalho clandestino em suas plantações em Mayotte, a colônia francesa situada no oceano Índico. "Já se sabe que aqui a mão de obra clandestina é um mal endêmico". Meses após esse escândalo, transferiu suas atividades à vizinha ilha de Anjouan, pertencente ao arquipélago de Comores.

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