quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Protesto com jovens nus no Palais de Chaillot

Teatro do Palais de Chaillot, situado no Trocadero. Arquitetura característica do início do século 20, várias esculturas de Paul Belmondo, pai do artista francês Jean Paul Belmondo. De um lado, as grandes janelas abrindo diretamente sobre a torre Eiffel. e de outro, as portas dando acesso à sala de espetáculos. No centro, um restaurante simpático com um cardápio simples mas correto. O programa é chegar uma hora e meia antes do espetáculo, jantar e passar diretamente para a sala Jean Villar. Aos poucos todos se instalam.

Até aí, tudo normal. Uns minutos antes do espetáculo, um movimento diferente: jovens que anunciam algo e avançam em direção à parte mais alta da sala. Em silêncio eles começam a “desçer” passando de colo e colo, escorregando de cadeira em cadeira e de tempos em tempos percebia pés descalços para cima. Situação totalmente sob controle. Tudo normal.

De volta ao ponto inicial, os jovens ficam nus e sobem de novo pelos corredores. Uns dez jovens dos dois sexos e todos lindos. A platéia começa a se agitar quando eles dão início à mesma performance nus, escorregando de colo em colo e com cambalhotas de criança passavam para o colo do vizinho da frente.

A segurança tenta interromper esta passagem de jovens nus pelos colos de todos ali presente.

Os franceses são contra. Os seguranças foram vaiados e toda performers aplaudida. Calmamente eles chegam no ponto final, se vestem e partem sob aplausos do público.

Até agora não se sabe qual foi a reivindicação desta greve/performance.
 
Esta foi a melhor parte do espetáculo. Angelin Preljocaj e o Ballet du Bolchoi apresentaram a peça Suivront mille ans de calme, baseada na leitura do último libro da Bíblia, o Apocalypse de Saint Jean. Enquanto o penúltimo espetáculo do coreógrafo, Blanche Neige, foi leve, lúdico e bonito, pesado e opressante.

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