quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Morte de Néstor Kirchner, abre incerteza quanto ao futuro da Argentina

Maria Luisa Pucci
O Shopping Cidade Jardim, em São Paulo, promove hoje a quarta edição do Fashion Day. O evento apresenta as coleções de primavera e verão de cerca de 100 marcas, em desfiles às 14 horas, 17h30 e 20h30, com a participação das atrizes Carolina Ferraz, Tammy Di Calafiori entre outras. "Nossa proposta é traduzir os conceitos apresentados nas semanas de moda, para a moda real e urbana. As passarelas são substituídas pelas alamedas do shopping e a "primeira fila" do Fashion Day pertence a mulheres reais, clientes que se inspiram em tudo o que é apresentado e têm a facilidade de encontrar todos os produtos imediatamente disponíveis nas lojas do Cidade Jardim", comenta Maria Luisa Pucci, superintendente do Shopping Cidade Jardim.

Os números do evento impressionam. Ao todo são quase 100 marcas e 150 modelos desfilando. "O Shopping Cidade Jardim compreende a moda como algo intimamente ligado ao comportamento e estilo de vida de cada um. A moda parte da imaginação das pessoas e passa pela cultura, pelo entretenimento, pela gastronomia, pela arquitetura e pelos círculos sociais. A criação do evento conseguiu traduzir muito bem essa ideia."


Henrique Meirelles
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou ontem que o Brasil está tomando todas as ações necessárias para evitar uma bolha por conta do fluxo de capital para o país.

Questionado sobre novas possíveis medidas para desacelerar o ingresso de recursos que tem feito o real se valorizar, Meirelles disse que as autoridades precisam ver o efeito das ações já tomadas. "O mercado está volátil, exatamente com essas medidas. O mercado está reagindo muito a notícias de fontes anônimas. Então nós temos que esperar um pouco o efeito dessas medidas para esperar o mercado se estabilizar", afirmou em Nova Iorque. "A parte mais perigosa da equação é quando você tem uma bolha que é basicamente gerada por expansão do crédito", disse. "A questão, de novo, é manter o equilíbrio... não permitir que o excesso de liquidez cria os tipos de desequilíbrios que estão se mostrando ser tão negativos e gerando perdas para muitos países." Também comentando a ação do BC para conter a valorização cambial, o diretor de política monetária do BC, Aldo Mendes, disse: "O swap cambial é um mecanismo que o Banco Central pode usar a qualquer momento. As condições legais para ele usar existem". Mendes afirmou ainda que o BC poderá estudar eventuais sugestões da BM&FBovespa de retirada de algumas operações financeiras específicas do pacote afetado pela alta do IOF.


Aldo Mendes

O Banco Central está estudando mais uma norma para diminuir o poder de alavancagem dos bancos brasileiros, com a realização de ajustes no crédito tributário. A intenção é fazer com que todo o crédito tributário que exceder os 15% do capital mínimo do banco seja deduzido do Imposto de Renda. "Isso aumenta a necessidade de capital para a instituição", disse o diretor de Política Monetária, Aldo Mendes. O estudo do BC faz parte da nova regulação do Acordo de Basileia 3 de capital mínimo, que será elaborado até 2013 pela Comissão da Basileia. "Ou o banco acaba com o crédito tributário ou ele põe mais dinheiro no capital", afirmou Mendes. O diretor explicou que, no sistema de créditos tributários temporais brasileiro, a instituição financeira faz, em um ano, provisão para o crédito do ano seguinte. "Se o risco da operação piorar, a provisão aumenta. Cada vez que o banco faz uma provisão, é despesa na veia", afirmou Mendes. Atualmente, os bancos fazem provisão que não é dedutível do Imposto de Renda.

Cristina e Néstor Kirchner 
A morte de Néstor Kirchner, abre incerteza quanto ao futuro da Argentina. Peronista, de estilo populista, o ex-presidente, que conseguiu eleger sua mulher Cristina, sua sucessora, era o esteio de sua administração.

Na prática, era ele quem governava, controlava politicamente a Argentina. Embora em baixa, já que perdeu as eleições parlamentares, Néstor ainda era o principal candidato do peronismo nas eleições de outubro do ano que vem, quando pensava voltar à presidência. Cristina passará, com certeza a enfrentar dificuldades para tocar o seu governo a partir de já. Talvez a liberdade de imprensa no país vizinho ganhe uma nova chance com o desaparecimento de Néstor Kirchner.

O Brasil foi o país que mais recebeu créditos externos no segundo trimestre, depois da China, apesar de forte volatilidade nos mercados financeiros e temores com o endividamento de países da zona euro no período. O Banco Internacional de Compensações (BIS) mostra que o país recebeu US$ 22 bilhões de financiamento dos bancos internacionais entre abril e junho, quando houve estagnação globalmente nas concessões de créditos. No primeiro semestre, o montante para o Brasil foi de US$ 43 bilhões, 213,8% superior ao volume do segundo semestre de 2009. Em comparação, a China recebeu US$ 27 bilhões no segundo trimestre, mas em queda de 34% em relação ao primeiro. No caso da Índia, a queda foi de 47%.

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