quarta-feira, 27 de outubro de 2010

ACORDO INÉDITO DOS BANCOS DA SUIÇA COM A GRÃ-BRETANHA

A Suíça acertou com a Grã-Bretanha um acordo inédito pelo qual os britânicos vão pagar impostos de forma anônima sobre o dinheiro que têm depositado nos bancos suíços, preservando assim o segredo bancário e excluindo a troca automática de informação entre os governos. Os britânicos tem aproximadamente US$ 200 bilhões depositados na Suíça. Boa parte sem ter declarado ao fisco de seu país. O acordo facilita entendimentos com a Alemanha, que tem interesse em reaver impostos em tempos de dificuldade financeira nas contas públicas. Com o segredo bancário sob forte pressão nos últimos dois anos, a Suíça teve de teve de assinar 16 acordos de troca de informações fiscais, para sair da "lista cinzenta" de paraísos fiscais elaborada pela Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e evitar sanções internacionais. Da América Latina, só tem acordo com o Uruguai. Atualmente, o país negocia com outros 12 países, incluindo os EUA e o México. Os banqueiros defendem que tudo isso seja revisto e a Suíça proponha o mesmo acordo definido com a Grã-Bretanha. Alegam ser a melhor solução para todos. Para os banqueiros, o sistema de troca automática de informação entre governos demora muito e nem sempre dá os resultados esperados pelas autoridades. Clientes da América Latina tem US$ 210 bilhões depositados nos bancos suíços. Mas o Brasil não negociou acordo de troca de informações fiscais, sob as bases mais duras da OCDE.

Os bancos brasileiros voltam a elevar a exposição em moeda estrangeira e reforçaram a aposta em valorização do real, mesmo depois das medidas do governo para tentar conter a apreciação da moeda brasileira frente ao dólar. As instituições financeiras atingiram uma posição vendida de US$ 14,26 bilhões no mercado à vista no último dia 21. No fim do mês de setembro, os bancos detinham uma posição também vendida de US$ 12,427 bilhões, segundo dados fornecidos pelo Banco Central (BC). O movimento dos bancos contrasta com a redução realizada pelos estrangeiros na BM&FBovespa. No fim de setembro, os bancos estavam comprados em US$ 9,082 bilhões no mercado de dólar futuro.

Mário Moysés
Cerca de 6 milhões de turistas estrangeiros devem desembarcar no Brasil em 2011, afirmou o secretário executivo do Ministério do Turismo e presidente do Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), Mário Moysés. “Vamos chegar a US$ 6 bilhões de entrada de divisas, um recorde histórico, mas do outro lado também vai ser a maior evasão brasileira”, foi o que disse o ministro do Turismo, Luiz Barreto.

De acordo com o Banco Central, as despesas dos turistas brasileiros no exterior, registradas até setembro, já são maiores que as verificadas em todo o ano de 2009.


Luiz Barreto

Os gastos entre janeiro e setembro somaram US$ 11,468 bilhões, contra US$ 10,898 bilhões registrados ao longo de 2009 – uma diferença de 5,23%. O turismo não deve crescer apenas com a entrada de divisas estrangeiras. Os próprios brasileiros devem viajar mais pelo país nos próximos anos. O turismo começa a integrar a cesta de consumo de cerca de 30 milhões de brasileiros, que passaram a ter mais renda e crédito. Segundo dados da Infraero, o número de voos nacionais registrou recorde neste ano, considerando o período entre janeiro e agosto. Ao todo, foram 43,3 milhões de desembarques - um aumento de 23% frente ao mesmo período do ano passado. Já o número de desembarques internacionais alcançou os 5,11 milhões - um aumento de 11,77% na comparação com 2009.

Ricardo Amaral
A temporada de cruzeiros marítimos do Brasil este ano bateu recorde antes mesmo de começar o período, no início deste mês. Ao todo, serão 20 navios operando com 415 roteiros, contra 18 navios circulando por 407 rotas na temporada anterior. Entretanto, o gargalo nos portos e a falta de planejamento podem impedir o crescimento do setor no país. "É preciso sanar os problemas dos portos, ter terminais turísticos para receber os visitantes e resolver as questões ligadas a tributos e vistos da tripulação", afirma Ricardo Amaral, presidente da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar). Segundo ele, o País tem condições de crescer, desde que os portos estejam aparelhados para receber grandes navios. A responsabilidade cabe à Secretaria Especial de Portos da Presidência da República (SEP-PR), que responde pela formulação de políticas e pela execução de medidas, programas e projetos de apoio ao desenvolvimento da infraestrutura dos portos marítimos. Hoje, o sistema portuário brasileiro é composto por 37 portos públicos, entre marítimos e fluviais. Desse total, 18 são delegados, concedidos ou têm a sua operação autorizada para a administração por parte dos governos estaduais e municipais, sendo que ainda existem 42 terminais de uso privativo e três complexos portuários que operam sob concessão à iniciativa privada. Mas todo este contingente não é suficiente, acreditam especialistas do setor.

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